PGR pede rejeição de denúncia contra Gleisi e Paulo Bernardo em caso da Lava Jato
Ação imputava pagamento de R$ 1 milhão decorrente de corrupção na Diretoria de Abastecimento da Petrobras
A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araujo solicitou, nesta quarta-feira (8), a rejeição da denúncia contra a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, e contra o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações Paulo Bernardo por suposta prática de pertencimento à organização criminosa no âmbito da investigação da Operação Lava Jato.
Conforme a denúncia de 2010, Gleisi e Paulo Bernardo teriam recebido o pagamento de R$1 milhão de Alberto Youssef, após solicitação a Paulo Roberto Costa, vindo de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Ainda segundo a acusação, a presidente do PT seria uma das mais beneficiadas nos esquemas na petrolífera, no Ministério do Planejamento, na Odebrecht e na J&F. E o grupo teria utilizado da vantagem dos dois para arrecadação de vantagem indevida na pasta entre os anos de 2009 e 2015.
Com o desmembramento do rol de denunciados em 2018, apenas os dois permaneceram sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Isso aconteceu por Gleisi, então com mandato de senadora, ter foro privilegiado, e ser “umbilicalmente ligada”, por terem sido casados.
As acusações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), os ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e ao atual prefeito de Araraquara, Edinho Silva, foram mandados para a 13ª Vara Federal do Paraná.
Em 2021, o Ministério Público Federal requereu a manutenção da competência do STF para manutenção do julgamento de ambos. Posteriormente, as defesas requereram a retirada da apreciação do plenário virtual.
No fim de 2022, o caso foi retirado de pauta pelo término do ano e com o lapso temporal, sendo pedido a manifestação da PGR.