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    PGR pede condenação de ex-integrantes da cúpula da PMDF por omissão no 8/1

    Procurador também defende que seja decretada a perda dos cargos ou funções eventualmente ocupadas pelos denunciados

    Da CNN

    O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, defendeu a condenação de ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por omissão nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023.

    O parecer, que consta nas alegações finais da ação penal na qual os acusados são réus, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (14).

    No documento, Gonet pede pela condenação de:

    • Coronel Fábio Augusto Vieira
    • Coronel Klepter Rosa Gonçalves
    • Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto
    • Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra
    • Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues
    • Major Flávio Silveira de Alencar
    • Tenente Rafael Pereira Martins

    Além da condenação, o procurador também defende que seja decretada a perda dos cargos ou funções eventualmente ocupadas pelos denunciados.

    “No que diz respeito ao caso dos autos, não há dúvidas de que os acusados aderiram ao propósito de abolir o Estado Democrático de Direito e depor o governo legitimamente constituído”, diz trecho do parecer.

    “Além de comprovada a participação dos réus na disseminação de conteúdos antidemocráticos e em outros eventos (atos de 12.12.2022 e 24.12.2022), que já evidenciava a adesão voluntária aos propósitos antidemocráticos do grupo, está estampada nos autos a proposital omissão dos denunciados quanto ao emprego de efetivo necessário da Polícia Militar para resguardar a segurança e impedir os atos de depredação às sedes dos Três Poderes.”

    O procurador cita os seguintes crimes:

    • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
    • golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
    • deterioração de patrimônio tombado;
    • por violação dos deveres a eles impostos;
    • por violação de dever contratual de garante e por ingerência da norma.

    O caso será liberado para julgamento após a análise das alegações da PGR e das defesas pelo relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.

    Procurada pela CNN, a defesa de Marcelo Casimiro disse que “o MP [Ministério Público] sustenta uma condenação baseada em conjecturas”.

    “A defesa aguarda confiante num julgamento técnico e imparcial e reafirma que, tanto o defendendo, quanto os demais acusados, são oficiais extremamente preparados e comprometidos com os preceitos e valores de segurança pública, pautando suas atuações como polícia de Estado e não de Governo”, diz a nota.

    Já o advogado do coronel Fábio Augusto disse que não se manifestará.

    A CNN também tenta contato com os demais militares citados.

    *Com informações da Agência Brasil

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