PGR defende direito de Bolsonaro não depor sobre interferência na PF
Presidente pediu para ser dispensado de se posicionar a respeito de declarações do ex-ministro Sergio Moro após não conseguir depor por escrito


O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu nesta quinta-feira (3) o direito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em não depor no inquérito que apura uma possível interferência da parte dele na Polícia Federal.
Bolsonaro informou ao STF a intenção de não depor presencialmente, como estava previsto na investigação. O presidente gostaria de se posicionar a respeito das falas do ex-ministro Sergio Moro apenas por escrito.
“Em face do exposto, o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA não se opõe ao exercício do direito ao silêncio por parte do Presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO”, escreve Aras, na manifestação enviada pela PGR.
Assista e leia também:
Bolsonaro abre mão de prestar depoimento presencial sobre interferência na PF
‘Não se pede nenhum privilégio’, diz Bolsonaro sobre depoimento por escrito à PF
Para Aras, o presidente, enquanto investigado, “está exercendo, legitimamente, o direito de permanecer calado”.
No pedido apresentado, a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa Bolsonaro, afirma que o conteúdo da reunião ministerial de 22 de abril “demonstrou completamente infundadas quaisquer das ilações que deram ensejo ao presente Inquérito, o mesmo valendo para todos os demais elementos probatórios coletados nos presentes autos”.
Publicado por Guilherme Venaglia