PGR: Bolsonaro anuiu a plano golpista após relatório sobre eleição
Documento divulgado pelo Ministério da Defesa reconheceu inexistência de detecção de fraude nas eleições gerais de 2022


A Procuradoria-Geral da República (PGR) disse, em denúncia enviada nesta terça-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anuiu ao suposto plano de golpe de Estado.
Na mesma época, o Ministério da Defesa estava próximo de apresentar o relatório que negava a existência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de ‘Punhal Verde e Amarelo'”, disse o documento.
“O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições”, prosseguiu.
Ainda de acordo com a PGR, alguns dos “planos” encontrados junto a outros denunciados se encerrava com esta expressiva frase “Lula não sobe a rampa”.
“As investigações revelaram que JAIR MESSIAS BOLSONARO, para potencializar seu plano de enfraquecimento das instituições democráticas, cobrou do alto escalão de seu governo a multiplicação dos ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral”, afirmou o documento assinado pelo procurador-geral, Paulo Gonet.
Bolsonaro foi acusado pelos seguintes crimes:
- organização criminosa armada;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
- deterioração de patrimônio tombado.