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    PF vai investigar supostos vazamentos de depoimentos sigilosos entregues à CPI

    Medida foi anunciada logo após o senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmar que depoimentos entregues à comissão haviam sido editados

    Renato Barcellos, da CNN, em São Paulo

    A Polícia Federal determinou na tarde desta quarta-feira (4) a abertura de um inquérito para investigar um possível vazamento de depoimentos sigilosos enviados pelo órgão à CPI da Pandemia.

    Os depoimentos em questão estão atrelados a duas investigações conduzidas pela PF para apurar irregularidades na negociação para a aquisição da vacina Covaxin e sobre uma suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    Não está definido, porém, onde o inquérito irá tramitar e nem os alvos da investigação.

    Em nota, a PF diz que enviou a íntegra dos depoimentos após o requerimento da CPI. “Em obediência às disposições processuais penais e com o objetivo de resguardar o andamento das investigações, a Polícia Federal solicitou à comissão parlamentar o necessário sigilo das oitivas”.

    Pouco antes da emissão da nota, senadores que compõem a CPI da Pandemia disseram que pediriam à Polícia Federal esclarecimentos sobre a remoção de um trecho do vídeo do depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

    Segundo o senador Rogério Carvalho (PT-SE), a gravação foi editada no momento em que o militar cita o presidente Jair Bolsonaro. Ainda de acordo com o parlamentar, o trecho em que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) é mencionado também foi excluído. 

    “É gravíssimo e, como disse, pode sinalizar a utilização de instituições de Estado brasileiro para o aparamento de grupos cujos interesses não se coadunam com os objetivos da nação”, afirmou Carvalho.

    Ao fim da sessão, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), requisitou à advocacia do Senado que entrasse com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) visando trancar o “inquérito ilegal e ilegítimo” instaurado pela PF.

    O parlamentar também pediu uma representação contra o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, e o ministro da Justiça, Anderson Torres, e afirmou que as medidas não vão intimidar os trabalhos da comissão.

    “O dia termina com a abertura de um inquérito contra a CPI. Eu repito e aviso ao senhor Jair Bolsonaro: nós iremos encontrar a verdade, esteja onde estiver, custe o que custar. Essa investigação não será intimidada e nem barrada”, concluiu Randolfe.

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