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    PF cumpre mandado e apreende mais três armas de Carla Zambelli

    Em dezembro, o ministro do STF Gilmar Mendes havia determinado a entrega da pistola que Zambelli empunhou contra um apoiador de Lula na véspera do 2° turno

    Daniela LimaGabriela Coelhoda CNN

    A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi alvo de um mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) em busca de armas nesta terça-feira (3), após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

    De acordo com apuração da âncora da CNN Daniela Lima, três armas foram apreendidas na operação.

    A decisão de Gilmar Mendes foi tomada a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

    / Reprodução/ CNN Brasil

    Segundo informações da assessoria de imprensa de Zambelli, a polícia recolheu as armas que estavam na posse da deputada para “defesa pessoal”.

    Em 29 de dezembro, a deputada entregou sua arma para a Polícia Federal em São Paulo, sete dias depois de uma determinação do ministro Gilmar Mendes. Entretanto, a PF identificou outras e informou isso no processo. Foram apreendidas uma pistola 9mm, uma pistola cal. 380 e um revólver 38.

    O ministro abriu vista para a PGR, e Lindora Araujo opinou pela busca e apreensão de todas. O processo corre em sigilo.

    A PF encontrou três armas. Uma com a deputada, em Brasília, no endereço dela. E duas num clube de tiro em SP, o que deixa em aberto, na opinião de quem acompanha a investigação, se ela tentou “esconder” as pistolas.

    No dia 29 de outubro, a deputada federal foi abordada e se desentendeu com apoiadores de Lula. Ela sacou uma arma e apontou em direção ao homem, e o perseguiu até um estabelecimento comercial.

    O policial militar que acompanhava a deputada chegou a efetuar um disparo que, segundo a perícia, foi constatado como acidental. Ninguém ficou ferido.

    Na ocasião, a deputada disse que agiu de tal maneira em “defesa da honra”. Ela chegou a dizer que foi empurrada pelo homem, versão desmentida pelos vídeos feitos pelas pessoas que passavam na rua e registraram a confusão.

    Nesta terça-feira (3), reiterou sua versão de que teria sido cercada “por 5 homens, xingada, agredida e cuspida”.

    Ela afirmou que ouviu o PM dar voz de prisão “ao principal suspeito”, tendo ouvido também um tiro. Assim, sacou sua arma “de acordo com os Artigo 301 e 303 do Código de Processo Penal, que dá direto a qualquer do povo efetuar prisões em flagrante delito”, informou sua assessoria.

    Destacou também estar tranquila quanto a sua inocência e que a provará na justiça.

    Sobre a busca e apreensão, Zambelli afirmou que chama a atenção que mesmo tendo cumprido integralmente a decisão anterior, de forma voluntária, o STF determinou uma medida ainda mais invasiva em seus endereços.

    “É preciso informar que o recurso apresentado pela defesa da Deputada não foi sequer apreciado, mesmo tendo sido protocolado antes do novo pedido de busca e apreensão da PGR”, disse a nota.

    Zambelli informou ainda que cooperou, “como sempre fará, com as autoridades policiais para o cumprimento da decisão. Caso qualquer atentado à vida da Deputada, agora desprotegida, aconteça, já sabemos o responsável”.

    *Publicado por Fernanda Pinotti, da CNN

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