PF quis apreender celular de Bolsonaro, mas levou computador e tablet de assessor, diz advogado à CNN
Segundo Fábio Wajngarten, advogado que integra a equipe jurídica do ex-presidente, a ordem era levar todos os eletroeletrônicos, como computador, notebook e tablets, além de celulares de todos
Durante operação da Polícia Federal (PF) em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (29), agentes apreenderam um notebook e um tablet de um dos assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Fábio Wajngarten, advogado que integra a equipe jurídica do ex-presidente, a ordem era levar todos os eletroeletrônicos, como computador, notebook e tablets, além de celulares de todos.
“O delegado que estava na operação queria levar o celular do presidente Jair Bolsonaro; mas tive que questionar, porque o presidente não era objeto da busca e apreensão. Depois de argumentar, desistiram de levar”, disse à CNN.
O advogado também relatou à CNN que, apesar de um dos assessores de Jair Bolsonaro confirmar ser dono de um computador e tablet — colocando a senha diante do delegado —, agentes da PF levaram os equipamentos.
Aliados de Jair Bolsonaro afirmaram que, embora o ex-presidente não fosse alvo da busca e operação, agentes foram à casa dele em Angra com o objetivo de apreender não apenas pertences de Carlos Bolsonaro, alvo da operação, mas objetos de Jair Bolsonaro ou de pessoas ligadas a ele, como um dos assessores.
Segundo apuração da CNN, advogados do ex-presidente falaram com o delegado presente na operação por telefone.
Ao informarem que a equipe jurídica chegaria à residência de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis em 20 minutos, os agentes da PF já haviam deixado o local com os pertences de Carlos Bolsonaro e de um dos assessores do ex-presidente.
Fontes da PF ouvidas pela CNN negam que os agentes tentaram levar o celular do ex-presidente Bolsonaro.