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    PF quer que Cid detalhe atuação de “gabinete do ódio”

    Ideia é que delação premiada inclua a atuação do que investigadores chamam de “máquina de fake news”

    Gustavo Uribeda CNN , Brasília

    A delação premiada fechada pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid deve incluir detalhes sobre o que agentes da Polícia Federal têm chamado de “máquina de fake news” criada no governo anterior.

    A expectativa de investigadores da força policial ouvidos pela CNN é de que o militar da ativa esclareça como funcionava a dispersão de notícias falsas, sobretudo sobre o processo eleitoral e sobre a pandemia do coronavírus.

    A Polícia Federal quer esclarecer se existia na sede administrativa do governo federal o apelidado “gabinete do ódio”, uma estrutura que criaria conteúdo para ser replicado nas redes sociais contra adversários de Jair Bolsonaro.

    Pretende avançar também sobre os integrantes do governo bolsonarista que faziam parte dela ou que contribuam para a produção de conteúdo falso.

    O foco de agentes da Polícia Federal é sobre ataques às urnas eletrônicas e mentiras sobre as vacinas contra o coronavírus. Eles lembram que o ex-ajudante de ordens, por exemplo, ajudava a promover as transmissões ao vivo do então presidente no Palácio da Alvorada.

    Em uma delas, por exemplo, Bolsonaro exibiu vídeos que demonstrariam o que ele chamou de indícios de fraudes nas urnas eletrônicas. Em outra live, associou as vacinas contra o coronavírus ao risco de contaminação pelo vírus da Aids.

    Nessa última, o próprio ex-ajudante de ordens foi investigado pela Polícia Federal por ter produzido o conteúdo da transmissão ao vivo para as redes sociais.

    O ex-presidente sempre negou e ainda nega a existência de um gabinete de mídia digital para produzir conteúdo falso ou caluniador no Palácio do Planalto.

    Depoimento

    Muro Cid deve presetar novo depoimento na próxima semana. A Polícia Federal concluiu pedido de informação de colaboração internacional à autoridade central dos Estados Unidos e enviou para o Ministério da Justiça.

    A expectativa é de que até o final deste mês uma comitiva de agentes policiais viaje aos Estados Unidos para ter acesso a documentos e imagens que corroborem as informações de Cid sobre a venda de joias no exterior.

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