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    PF pede mais prazo para concluir inquérito de Silvio Almeida

    Ex-ministro dos Direitos Humanos é suspeito de assédios sexual e moral; ele nega as acusações

    Elijonas Maiada CNN , Brasília

    A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) ampliação do prazo do inquérito que investiga o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida.

    A solicitação foi feita ao ministro André Mendonça, relator do caso na Suprema Corte, em dezembro. O pedido ainda não foi respondido.

    Segundo apuração da CNN com fontes ligadas ao caso, só falta ouvir o ex-ministro para o caso ser concluído. Isso deve ocorrer quando o STF retornar com o pedido da PF.

    Investigadores ouvidos pela reportagem preferem não cravar um prazo para finalizar o caso, mas dizem que, com tudo que já foi apurado, deve ser enviado “nas próximas semanas”.

    Todas as denunciantes do caso já prestaram depoimento. Entre elas, a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, no começo de outubro do ano passado.

    Conforme mostrou a CNN, todo o relato foi gravado e depois transcrito. O formato foi adotado para agilizar o procedimento.

    À PF, a ministra deu detalhes da denúncia de assédio. Reforçou o que já tinha dito a colegas ministros do governo, citando datas e ocasiões.

    Em setembro, a PF abriu formalmente o inquérito policial para apurar as denúncias contra Silvio Almeida. No caso específico de Anielle, o crime investigado é de importunação sexual.

    A autorização para abertura do inquérito com relatoria do STF partiu do ministro André Mendonça. O magistrado entendeu que o caso deveria ficar sob supervisão da Suprema Corte – a partir de pedido da PF e com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Silvio Almeida foi demitido no dia 6 de setembro, um dia após a ONG Me Too Brasil revelar as denúncias.

    O ex-ministro nega todas as acusações e alega ser alvo de perseguição. Já disse “repudiar com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra” ele. Ele também alega que as denúncias não têm “materialidade” e são baseadas em “ilações” e que o objetivo das acusações é “prejudicar” e “bloquear seu futuro”.

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