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    PF indicia Bolsonaro em caso de vendas de joias sauditas

    Inquérito foi concluído e relatado ao Supremo na tarde desta quinta-feira (4)

    Elijonas MaiaDébora Bergamascoda CNN , Brasília

    A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no âmbito da investigação relacionada à venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.

    Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. A defesa do ex-presidente diz que ainda não teve acesso ao inquérito.

    Além de Bolsonaro, a PF indiciou outras 11 pessoas.

    Veja a lista de indiciados:

    • Jair Bolsonaro
    • Bento Albuquerque;
    • José Roberto Bueno Júnior;
    • Julio Cesar Vieira Gomes;
    • Marcelo da Silva Vieira;
    • Marcos André dos Santos Soeiro;
    • Mauro Cesar Barbosa Cid;
    • Fabio Wajngarten;
    • Frederick Wassef;
    • Marcelo Costa Câmara;
    • Mauro Cesar Lourena Cid;
    • Osmar Crivelatti

    Conclusão

    O inquérito, aberto no início do ano passado, foi concluído e relatado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (4).

    Agora, a PF deve relatar o inquérito ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte. Moraes precisa pedir que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso.

    No fim de maio, a CNN revelou que a investigação sobre as joias era prioridade da PF entre outras apurações que envolve Bolsonaro e a previsão, de fato, era finalizar o inquérito em julho.

    [cnn_galeria active=”2122129″ id_galeria=”2122463″ title_galeria=”Joias e presentes enviados pela Arábia Saudita ao Brasil”/]

    Cooperação com FBI

    Uma equipe da PF viajou aos Estados Unidos durante duas semanas e voltou com os elementos que faltavam para finalizar o inquérito das joias. A força policial contou com cooperação internacional do FBI.

    Após visitarem quatro cidades norte-americanas, os agentes colheram, entre outras provas, imagens de câmeras de segurança das lojas onde, por exemplo, foram negociados relógios.

    A PF buscou ainda elementos da “operação resgate”, como foi chamada a organização feita para recomprar um relógio que havia sido vendido após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Documentos — como anotações, notas fiscais e fotos — também foram confiscados, com autorização das autoridades norte-americanas.

    As defesas de alguns dos indiciados já se manifestaram; confira o que elas disseram.

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, usou as redes sociais para se manifestar sobre o indiciamento do pai.

    “A perseguição a Bolsonaro é declarada e descarada! Alguém ganha um presente, uma comissão de servidores públicos decide que ele é seu. O TCU questiona e o presente é devolvido à União. Não há dano ao erário! Aí o grupo de PFs, escalados a dedo pra missão, indicia a pessoa”, escreveu o senador no X (antigo Twitter).

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