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    PF envia dados para investigação sobre vazamento de operação a Flávio Bolsonaro

    PF passou para o MPF os registros de quem entrou e saiu da sede da superintendência ao longo do mês de outubro de 2018

    Leandro Resendeda CNN

    A Polícia Federal enviou para o Ministério Público Federal dados sobre a entrada e saída de pessoas da superintendência da entidade, no Rio de Janeiro no mês de outubro de 2018. O material foi encaminhado para a apuração sobre o vazamento da Operação Furna da Onça, ocorrida em 2018, e que teria beneficiado o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). 

    A PF passou para o MPF os registros de quem entrou e saiu da sede da superintendência ao longo do mês de outubro de 2018. Foi naquele mês que, segundo o relato do empresário Paulo Marinho, teria ocorrido na porta da sede da PF uma reunião entre um delegado e assessores de Flávio Bolsonaro. Ali, a equipe do senador teria sido alertada que havia, na Operação Furna da Onça, um documento que mencionava o então assessor e amigo da família Bolsonaro Fabrício Queiroz. 

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    O volume de dados enviados pela PF é grande e está sendo analisado pelo MPF como parte importante das investigações sobre o suposto vazamento. É uma das provas técnicas buscadas pelos investigadores no caso, uma vez que a Justiça negou um outro pedido do MPF, que desejava a quebra dos dados telemáticos dos ex-assessores que teriam participado da reunião. O órgão estuda recorrer da decisão porque entende ser esta a forma de comprovar se, em algum momento de 2018, os mencionados por Paulo Marinho estiveram juntos na porta da superintência da Polícia Federal. 

    Flávio Bolsonaro, em depoimento, negou ter tido qualquer informação privilegiada. O MPF entende que ele ou Marinho estão mentindo e, por isso, marcou uma acareação entre os dois ainda neste mês – a defesa do senador já informou que não aceita a data nem local sugeridos pelo MPF e que ele não irá comparecer. 

    O vazamento que teria beneficiado Flávio Bolsonaro é investigado pela PF e pelo MPF através do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial. As apurações foram abertas após Paulo Marinho relatar em entrevista que o senador teria tido acesso à informações privilegiadas acerca da menção de Fabrício Queiroz no âmbito da Furna da Onça – operação que mirou 10 deputados estaduais por envolvimento no esquema de corrupção que seria liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

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