PF e PGR querem saber extensão do envolvimento de Leo Índio no 8/1
Investigadores acreditam que já têm provas suficientes para enquadrá-lo no crime de incitação a atos antidemocráticos
A Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República querem saber a extensão do envolvimento de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecimento como Leo Índio, nos atos do 8/1. Leo Índio é primo dos filhos de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo apurou a CNN, os investigadores acreditam que já têm provas suficientes para enquadrá-lo no crime de incitação a atos antidemocráticos.
Leo Índio fez uma postagem na rampa do Congresso Nacional durante as manifestações do 8/1, com 12 mil curtidas, além de outras publicações em redes sociais contra ministros do Supremo, que foram anexadas ao inquérito.
Primo dos filhos do ex-presidente, ele foi um dos alvos hoje da 19ª fase da Operação Lesa Pátria e sofreu uma ação de busca e apreensão. O objetivo dos investigadores é ir atrás de outras provas contra e também de evidências de outras instigadores dos atos.
Traduzindo: as autoridades querem aprofundar as investigações para saber se ele atuava sozinho, num movimento isolado, ou se trabalhava com um grupo, ou a mando de alguém. Procurado pela CNN, Leonardo Rodrigues de Jesus não se manifestou.
Léo Índio é sobrinho de Rogéria Nantes, ex-mulher de Jair Bolsonaro. Próximo dos primos, ele já ocupou o cargo de assessor do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Graças às relações familiares, foi assessor do senador Chico Rodrigues (PSB-RR) e também na liderança do PL no Senado.
Léo Índio foi candidato a deputado distrital como nome na urna de Léo Bolsonaro. Porém, conseguiu apenas 1.801 votos. Na época, ele reclamava que não teve apoio dos primos.
Pessoas próximas dizem que Léo Índio está isolado da família e que se tornou alvo na tentativa de incriminar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A defesa de Leo Índio informou que “no início do inquérito, já houve um mandado de busca e apreensão emitido em desfavor dele, e nada foi encontrado. Não é novidade alguma. O nome dele foi incluído no inquérito que apura os atos infracionais do dia 8/1, e até o presente momento, inobstante o pedido da defesa de acesso ao STF aos termos do inquérito, ainda não foi autorizado”.