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    PF cumpre mandados em endereços ligados a acusados de agredir Moraes

    Magistrado foi hostilizado na última sexta-feira (14) no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália

    Ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado na Itália
    Ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado na Itália Carlos Moura/SCO/STF

    Caio Junqueira

    A Polícia Federal cumpre, na tarde desta terça-feira (18), mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário Roberto Mantovani Filho, em Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo, dizem fontes ligadas à investigação.

    Mantovani e seus familiares são acusados de agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

    “As ordens judiciais estão sendo cumpridas no âmbito de investigação que apura os crimes de injúria, perseguição e desacato praticados contra ministro do STF, na última sexta-feira (14/7), no Aeroporto Internacional de Roma, capital italiana”, afirma nota da PF.

    Entenda o caso

    Moraes e sua família foram hostilizados por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália, na sexta-feira (14), de acordo com informações da Polícia Federal (PF).

    O filho do magistrado teria sido agredido fisicamente. Agora, a PF ouve suspeitos e tenta acesso às imagens do aeroporto para investigar o que aconteceu.

    O ministro esteve na Itália para ministrar uma palestra no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena, na última semana. Os insultos teriam começado por volta das 18h45, no horário local, ainda de acordo com a corporação.

    Uma mulher hostilizou Moraes, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Outro deu coro aos insultos e, logo depois, chegou a agredir fisicamente o filho do ministro, segundo a PF. Um terceiro homem juntou-se aos dois agressores, proferindo palavras ofensivas.

    Os três brasileiros foram identificados pela PF no aeroporto de Guarulhos, mas não foram detidos. São eles: Alex Zanatta Bignotto, Roberto Mantovani Filho e Andreia Mantovani. Eles serão investigados em inquérito por crimes contra honra e ameaça.

    Empresário diz ter “afastado” filho de Moraes

    O empresário Roberto Mantovani, suspeito de ter hostilizado Alexandre de Moraes e sua família, negou à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (18) ter agredido o filho de Moraes. Ele, no entanto, disse que o “afastou”, segundo relatou o advogado Ralph Tórtima, que defende o empresário e sua esposa, Andreia.

    “Ele nega que tenha havido o empurrão. Ele diz que, em razão de ofensas que eram proferidas à sua esposa, ele afastou essa pessoa – como eu disse, que ele sequer sabia quem era – que fazia ofensas bastante pesadas, muito desrespeitosas à sua mulher”, disse Tórtima.

    Confira abaixo, na íntegra, a nota de Roberto Mantovani Filho, sua esposa e filho:

    Na data de hoje (18/07/2023), na Polícia Federal de Piracicaba, após mais de sete horas de depoimentos, deixaram assentado que:

    1. Não visualizaram ou encontraram o Ministro Alexandre de Moraes, bem como qualquer familiar seu, na área de embarque do aeroporto de Roma, conforme constou da representação por ele ofertada, evidenciando o engano interpretativo havido, o que torna claro que as pessoas que eventualmente o ofenderam ou cercearam seu deslocamento, são outras;
    2. que em nenhum momento foram ao encontro ou direcionaram qualquer ofensa ao Ministro Alexandre de Moraes, quando o visualizaram, por segundos, na área de ingresso de uma sala VIP, situada no mezanino do aeroporto em questão;
    3. que a discussão inicial havida entre a pessoa de Andréia e dois jovens, uma mulher e um homem, que somente quando chegaram ao Brasil souberam tratar-se do filho do Ministro, se deu sem que ele estivesse presente, por razões outras, desvinculadas do seu cargo e, também, sem qualquer conotação política;
    4. que foram, em especial Andreia, gravemente ofendidos por mencionado jovem que, em duas oportunidades, os desrespeitou, com ofensas extremamente pesadas, o que somente cessou quando da intervenção do Ministro Alexandre de Moraes, que o reconduziu ao interior da sala VIP;
    5. que reiteram estarem seguros de que as imagens do aeroporto evidenciarão o quanto afirmaram em depoimento, especialmente a mais absoluta inexistência de qualquer ato que pudesse, sequer levemente, atingir a imagem pública do Ministro Alexandre de Moraes;
    6. que a despeito de terem sido interceptados pela Polícia Federal, ao saírem do avião, na chegada ao Brasil, sendo fotografados, filmados e interrogados, com suas identificações expostas publicamente; bem como a despeito de terem sido procurados no último domingo, às 6:00 horas da manhã, pela Polícia Federal, para oitiva agendada para aquele mesmo dia, horas depois; bem como o fato de terem tido mandado de busca cumprido em suas residências e locais de trabalho, nesta tarde, em busca de celulares e computadores, mesmo assim, a despeito de tudo, continuam acreditando na Polícia Federal, no Ministério Público Federal e no Poder Judiciário, certos de que a Justiça prevalecerá após o encerramento das investigações.