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    PCdoB declara apoio a Hugo Motta na disputa pela presidência da Câmara

    Com apoio de sete partidos, deputado do Republicanos já teria maioria para assumir comando da Casa Legislativa

    Gabriela BoechatIsabel Megada CNN , Brasília

    A bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados declarou apoio nesta quinta-feira (31) ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Casa Legislativa. É o sétimo partido a compor aliança com o parlamentar, que conquistou siglas de direita à esquerda.

    A legenda conta com sete deputados federais. A bancada anunciou o apoio por meio de nota e depois em entrevista a jornalistas conduzida pelo líder do partido na Câmara, deputado Márcio Jerry (MA), e Motta.

    Na entrevista, Motta afirmou ter o compromisso de valorizar o PC do B, caso seja eleito, e destacou a relação de amizade que têm com os deputados do partido.

    “Fiz questão de pessoalmente vir, ontem, pedir o apoio do PC do B pela importância que o partido tem na Casa, a história e pelas parcerias que nós já tivemos em diversas matérias aqui votadas, com entendimento sempre buscando realinharmos nossos pensamentos. Até mesmo quando a gente diverge, o PC do B sempre compactua e é democrático para discutir os temas”, disse Motta.

    Líder do PC do B, Márcio Jerry declarou que a bancada conversou com todos os postulantes ao cargo e que espera ampliar a “convergência” na Câmara ao apoiar Motta. Segundo ele, a sigla tem o “compromisso com a ordem democrática” e com as pautas prioritário para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Além do PCdoB, Motta já tem o apoio oficial de: PL, PT, PP, Podemos, MDB e Republicanos, sigla da qual faz parte.

    Com isso, Hugo Motta deve ter o voto de mais de 310 deputados, configurando maioria formal na disputa. Para ser eleito, ele precisa de no mínimo 257 votos.

    O PCdoB forma uma federação com o PT e o PV. Do grupo, falta apenas a manifestação, portanto, do PV.

    Motta é o candidato apoiado pelo atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que oficializou o endosso na terça-feira (29). Na avaliação de Lira, o paraibano é o “nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez”.

    A eleição para o comando da Câmara será em fevereiro de 2025. A votação é secreta, o que permite “traições” às orientações partidárias.

    Apesar da conquista da maioria na casa por Hugo Motta, os nomes dos líderes do União Brasil, Elmar Nascimento (União-BA), e do PSD, Antonio Brito (PSD-BA), ainda estão na disputa.

     

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