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    Pazuello determinou disponibilização do app TrateCov em 6 de janeiro no Amazonas

    Determinação está no Plano Manaus, documento que definiu as ações a cargo do Ministério da Saúde e as orientações para enfrentamento de crise no estado

    Daniel Adjutoda CNN

    O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, determinou, em 6 de janeiro, à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, a disponibilização “desde já” do “aplicativo desenvolvido para facilitar o diagnóstico de Covid-19” para o estado do Amazonas.

    A determinação está no Plano Manaus, documento que definiu as ações a cargo do Ministério da Saúde e as orientações a serem expedidas para o enfrentamento da emergência decorrente do agravamento dos casos de Covid-19 no Amazonas. O Plano foi enviado à CPI da Pandemia pela Procuradoria-Geral da República nesta quinta-feira e traz o nome de Eduardo Pazuello.

     

    Segundo o documento, a pasta de Pazuello identificou o aumento significativo no número de casos de Covid-19 em Manaus no dia 27 de dezembro de 2020, quando o número de hospitalizações passou de 36 para 88 em uma semana. No Plano, é apontada a data de 28 de dezembro como a primeira reunião de secretários do Ministério e principais assessores para tratar do assunto. Nela, 
    definiu-se a ida de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação, para a capital amazonense.

    A viagem, segundo consta do Plano, seria “apenas após o ano novo, em virtude do início de mandato de gestores municipais e de possíveis trocas de secretariado”. Mayra e a comitiva chegaram a Manaus em 3 de janeiro, quando o número de hospitalizações voltou a dobrar: 159.

    Ex-ministro Eduardo Pazuello presta depoimento à CPI da Pandemia
    Ex-ministro Eduardo Pazuello presta depoimento à CPI da Pandemia
    Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

    A primeira reunião com o governo do Amazonas foi no dia seguinte e concluiu-se que havia a possibilidade iminente de colapso do sistema de saúde em 10 dias. Diante deste quadro, vieram as determinações de Pazuello, entre elas a viagem do próprio ministro a Manaus de 10 a 13 de janeiro.

    O ex-ministro determinou que fosse feito contato com o Ministério da Defesa alertando do agravamento da situação no estado e solicitando a disponibilização de aeronaves, embarcações, desdobramento de hospitais de campanha e deslocamento de navios-hospital.

    À Secretaria de Vigilância em Saúde foi determinada a análise, junto à Fiocruz, da cepa detectada em Manaus para verificação do grau de contaminação, gravidade e resistência a vacinas em desenvolvimento.

    O Plano Manaus também traz 7 recomendações aos gestores, entre elas “verificar se estão sendo empregadas as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce”. Caso contrário, gestores deveriam incentivá-las e esclarecer os profissionais.