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    Pazuello depõe hoje na PF no inquérito que apura se Bolsonaro prevaricou

    Ex-ministro da Saúde será ouvido na sede da Polícia Federal, no local conhecido como Máscara Negra

    Vianey Bentes, da CNN, em Brasília

    O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, depõe na Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (29), às 10 horas, no inquérito que apura se o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu o crime de prevaricação no caso da vacina Covaxin.

    Pazuello será ouvido na sede da Polícia Federal, no local conhecido como Máscara Negra.

    Prevaricação é um crime funcional, ou seja, que só pode ser cometido por alguém que tenha um determinado ofício, contra a administração pública.

    A PF investiga se Bolsonaro não tomou medidas adequadas ao ser alertado sobre supostas irregularidades no contrato de compra da Covaxin.

    O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, disseram ter levado o caso ao presidente, que teria dito que encaminharia para a PF, mas não há registro de que isso tenha ocorrido.

    Luis Ricardo, ex-chefe da divisão de importação da pasta, afirmou que sofreu pressão “incomum” para fechar a compra da vacina indiana. Após reportar o caso ao irmão parlamentar, ambos teriam solicitado uma reunião com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, que chegou a acontecer no dia 20 de março deste ano. 

    Pazuello durante seu segundo dia de oitivas na CPI da Pandemia
    Pazuello durante oitivas na CPI da Pandemia
    Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

    Em depoimento à CPI da Pandemia, o deputado Luis Miranda disse acreditar que Bolsonaro já sabia da possível fraude antes mesmo de ser avisado por ele e por seu irmão. Segundo o parlamentar, Bolsonaro disse que a compra do imunizante seria “rolo de um deputado”, apontado por miranda como Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados e ex-ministro da Saúde.

    Apenas três dias depois da reunião dos irmãos com Bolsonaro, Pazuello seria exonerado do cargo de ministro da Saúde. No entanto, também segundo Luís Miranda, o general também teria sido informado com antecedência sobre as suspeitas envolvendo a Covaxin em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

    “Ele [Pazuello] olhou para a minha cara com uma cara de descontentamento e falou assim: ‘Luis, nessa semana é certeza eu vou ser exonerado”, teria dito Pazuello. O então ministro também teria mencionado que alguém havia ameaçado tirá-lo da cadeira de ministro o quanto antes. 

    Os irmãos Miranda já depuseram no inquérito que investiga se houve ou não prevaricação. Uma das suspeitas anteriores era que o deputado teria gravado o encontro com Jair Bolsonaro, mas essa hipótese foi descartada.

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