Paulo Maluf é condenado a pagar R$ 417 mi e tem 19 imóveis penhorados
Justiça atendeu a uma ação popular movida há 32 anos pelo então vereador Maurício Faria (PT)
A Justiça de São Paulo determinou a penhora de 19 imóveis do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. O político, de 93 anos, foi condenado a pagar uma dívida de mais de R$ 417 milhões por uso de dinheiro público para publicidade pessoal, durante a sua gestão, em 1993.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) atendeu a uma ação popular movida há 32 anos pelo então vereador Maurício Faria (PT).
Na época, durante a campanha eleitoral de 1992, que concorreu tentando reconquistar o cargo de prefeito – que já tinha ocupado anteriormente, em 1969 – Maluf utilizou a imagem de um trevo de quatro folhas em formato de corações.
Depois de ter sido eleito, utilizou desse mesmo símbolo, só que como imagem da gestão à frente da Prefeitura. A Justiça de São Paulo entendeu que houve uma tentativa de publicidade pessoal.
Maluf foi condenado a devolver aos cofres públicos do Município de São Paulo o valor de R$ 417.103.110,96, por decisão do juiz Fausto José Martins Seabra, da 3ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, em 14 de fevereiro deste ano. Ainda cabe recurso.
A quantia, no entanto, pode aumentar, segundo o 3º Ofício da Fazenda Pública, visto que pode haver novas determinações de penhora.
Entre os bens do ex-prefeito, está uma mansão no Guarujá, litoral sul de São Paulo. A residência é avaliada em mais de R$ 2,7 milhões.
A CNN procurou Paulo Maluf para se manifestar sobre o caso, mas até a publicação desta matéria, não houve resposta. O espaço segue aberto.