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    Parte do União Brasil vê como difícil adesão ao governo Lula

    Partido é a terceira maior bancada da Câmara, com 59 deputados federais, atrás de PL e PT

    Gabriela Pradoda CNN , Em São Paulo

    O União Brasil tem divergências se será possível a legenda formar uma base com o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Parte dos parlamentares eleitos e integrantes do partido acreditam ser improvável a adesão da maioria dos deputados ao governo do petista.

    Luciano Bivar, o presidente da legenda, está fora do Brasil, mas, segundo aliados, já iniciou conversas com os petistas e deve marcar reuniões presenciais assim que retornar do exterior, na próxima semana.

    Um dos aliados de Bivar, o deputado federal Junior Bozzella (União Brasil-SP) afirma que há espaço para diálogo. Para o parlamentar, o partido deve se posicionar mais ao centro. “A tendência é que tenha convergência. Tudo isso será conversado. Cada deputado federal tem a sua particularidade, mas o partido pode compor a base”, completa.

    Bozzella ainda acredita que o União Brasil pode ainda reivindicar a participação em vários espaços do futuro governo, como indicações a ministérios. O partido tem a terceira maior bancada da Câmara, com 59 deputados federais, atrás do PL e do PT.

    A avaliação é diferente de outros integrantes da legenda. Parlamentares da bancada da legenda que preferiram não se identificar afirmaram ainda não houve nenhum tipo de reunião entre os eleitos para discutir o cenário político. “Qualquer afirmação nesse sentido [ser base governista] ou no sentido oposto é precipitada antes de a bancada conversar”, comentou por telefone um deputado federal que participará da próxima legislatura.

    Um integrante do partido no Centro-Oeste, onde há muitos eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), cita que pode ser difícil uma adesão grande dos parlamentares ao governo Lula porque os deputados e senadores eleitos têm de responder à base eleitoral. “Muitos deputados estão presos à base, acredito que não só o União, mas outros partidos de centro vão ter que passar por um debate intenso, já que muitos também declararam apoio a Jair Bolsonaro para atrair os eleitores. Não adianta prometer ser da base e na hora das votações não entregar votos suficientes.”

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