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    Parlamentares opinam sobre PL que regulamenta cultivo de maconha no Brasil

    Senador Eduardo Girão (Podemos-CE) e deputado federal Eduardo Costa (PTB-PA) falaram à CNN sobre prós e contras de cultivo de maconha para fins medicinais

    Da CNN

    Um projeto de lei (PL 399/2015) que autoriza a produção e a venda de produtos à base da maconha para fins medicinais pode ser votado em breve na Câmara dos Deputados. A CNN ouviu neste domingo (6) as opiniões do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) e do deputado federal Eduardo Costa (PTB-PA) sobre o assunto.

    Contrário ao tema, Girão disse que baseia suas críticas ao projeto com base nos argumentos da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Polícia Federal, que, segundo ele, já afirmou não ter condições de controlar plantações de maconha no país. 

    “É um projeto altamente mal elaborado, feito a toque de caixa durante a pandemia, o que causa estranheza quererem votar isso num momento em que o brasileiro está preocupado com a saúde pública”, disse.

    Para o senador, o projeto de lei é desnecessário, pois já há uma autorização da Anvisa para a importação de medicamentos à base de cannabis para o país.

    “O objetivo daqueles que querem liberar [o cultivo de maconha] não são as 4 mil crianças que precisam do medicamento porque têm epilepsia com convulsões”, afirmou.

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    Já o deputado Eduardo Costa, integrante da comissão especial que analisa a proposta, disse que o assunto é “polêmico e cheio de estigmas”, o que, afirma, trava o avanço do debate sobre o cultivo da maconha medicinal no Brasil.

    “Eu defendo esse novo marco regulatório da cannabis medicinal pela necessidade de atender os pacientes. O Congresso Nacuonal se motivou a trabalhar esse tema por uma razão que todos nós vemos: evidência clínica. São as evidências clínicas que trouxeram esse tema para ser discutido e trabalhado na Câmara”, pontuou.

    “Estamos há 11 meses discutindo esse assunto, não está vindo de forma abrupta, pois estamos ouvindo a sociedade, associações e as mães dos pacientes, além deles próprios. Estamos falando de um medicamento e não de droga”, completou ao dizer que, mesmo com a autorização para importação de medicamentos à base de maconha, o custo é muito elevado para as famílias.

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