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    ‘Parece que a corrupção se enraizou no Rio de Janeiro’, diz Mourão

    Na chegada ao Planalto, vice-presidente diz lamentar pelos cidadãos do Rio de Janeiro que 'sofrem com ausência de estado'; para ele, Witzel não voltará ao cargo

    Murillo Ferrari e Luana Franzão*

    da CNN, em São Paulo

    O vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), comentou nesta sexta-feira (28) o afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio de Janeiro e disse lamentar que o estado passe por essa situação.

    “Parece que a corrupção se enraizou no Rio de Janeiro. Eu lamento pelo povo do Rio que sofre a ausência de estado”, disse Mourão, na chegada ao Palácio do Planalto.

    “Vocês viram ontem a questão dentro da cidade do Rio, no morro de São Carlos, então é complicado isso aí. O Rio de Janeiro, a gente tem que buscar de alguma forma apoiar para reverter essa situação”, completou.

    Mourão disse ainda acreditar que o processo de impeachment contra Witzel na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) deve avançar nos meses em que ele estiver afastado do cargo.

    “Acredito que ao longo desses seis meses esse processo de impeachment deve avançar. Acho difícil que ele volte.”

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    Por fim, o vice-presidente repercutiu também a prisão do pastor Everaldo (PSC), que não tinha cargo no governo do Rio e que se afastou da presidência do partido

    “Eu não conhecia o pastor Everaldo. Eu não tomei conhecimento total das acusações. Parece que foi desvio de recurso”, afirmou.

    O pastor foi citado na delação ao MPF do ex-secretário de Saúde Edmar Santos, preso na Operação Placebo. Nos bastidores, Everaldo é considerado influente no governo fluminense e foi mentor político de Witzel na eleição de 2018.

    Declarações

    Além de Wamilton Mourão, outros personagens da vida política também fizeram declarações sobre a situação do estado do Rio de Janeiro e o afastamento de Wilson Witzel.

    Marcelo Freixo, que concorreu à prefeitura do Rio de Janeiro em 2016 pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), reforçou a ligação entre Witzel e Bolsonaro durante as eleições ao comentar o evento nas redes sociais:

    Ele também comentou a ligação do presidente com o pastor Everaldo, preso na mesma investigação:

    A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), vice-líder do governo na Câmara e apoiadora pública do governo Bolsonaro, também falou sobre Witzel em redes sociais. Ela comemorou o afastamento e investigação do político, que teve rusgas com a presidência.

    Além deles, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) também se pronunciou, assim como Freixo, implicando ligações entre o governador afastado e a presidência da república:

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    Governador do Rio afastado pelo STJ acusado de comandar organização criminosa. A decisão envolve operações de investigação em curso e delação do ex-secretário de Saúde, tendo inclusive o escritório da primeira-dama no jogo. Mais uma vergonha para o nosso Estado que já esperava o desfecho do impeachment. E não adianta, Bolsonaro tentar se distanciar. A briga deles não foi por questões éticas, mas porque Witzel queria ser candidato a presidente. Eles são farinha do mesmo saco!!! Pastor Everaldo também preso na mesma operação, batizou Bolsonaro no Rio Jordão, além de abrigar Flavio Bolsonaro em seu partido. Que o povo do Rio reflita sobre seu voto e não se deixe enganar por ondas que negam a história e a democracia. Queremos investigação e responsabilização!!! Aliás, esses envolvimentos das primeiras-damas viraram moda e precisam de explicação. Escritórios de Adriana Cabral e Helena Witzel, contas de Michele Bolsonaro. Tudo precisa ser respondido.

    Uma publicação compartilhada por Jandira Feghali (@jfeghali) em 28 de Ago, 2020 às 6:00 PDT

    (Com informações de Caroline Rosito, da CNN, em Brasília)