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    Paraguai retira candidato apoiado por Trump da eleição para OEA

    Ação aumenta as chances de Albert Ramdin, apoiado por Brasil, Colômbia, Uruguai, Chile e Bolívia

    Lucas Teixeirada CNN , São Paulo

    O Paraguai retirou a candidatura do chanceler Rubén Ramírez Lezcano para o comando da Organização dos Estados Americanos (OEA).

    Candidato de direita, Lezcano era apoiado por países como os Estados Unidos e o Panamá.

    A confirmação da retirada do chanceler paraguaio da candidatura veio por meio de uma nota do presidente do Paraguai, Santiago Peña.

    Segundo a nota, a desistência de apoiar Lezcano por parte de alguns aliados foi um dos principais motivos para a decisão.

    Com a saída de Lezcano da corrida eleitoral, aumentam as chances do chanceler do Suriname, Albert Ramdin, conquistar o posto.

    Na última terça-feira (4), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou apoio à candidatura de Ramdin.

    Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai anunciaram que também seguirão a decisão do Brasil.

    A eleição para a Secretaria-Geral da OEA acontece na próxima segunda-feira, 10 de março.

    Desde 2015, o cargo é ocupado pelo ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai Luiz Almagro.

    A Organização dos Estados Americanos é uma organização internacional que conta com 35 membros. Com sede em Washington e fundada em 1948, é a mais antiga e expressiva organização multilateral das Américas.

    Veja a nota publicada pelo Governo do Paraguai:

    No meio do ano passado, o Paraguai tomou a decisão de apresentar uma candidatura para ocupar a Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).

    Essa candidatura tinha um objetivo inegociável: a recuperação da relevância institucional da OEA, dando-lhe um novo protagonismo apoiado em uma gestão moderna e eficiente, que levasse em conta os laços de solidariedade e fraternidade que unem nosso continente, acima de interesses particulares e ideológicos.

    Nesta visão, não cabe a separação de povos irmãos por questões ideológicas ou conjunturais, mas sim a luta pelos valores, princípios e ideais que fazem do nosso continente um só.

    A candidatura, baseada nesses valores, teve grande receptividade e apoio de muitos Estados membros da organização.

    No entanto, nos últimos dias, de forma abrupta e inexplicável, o Paraguai foi informado por países amigos da região, com os quais compartilhamos espaço e história comum, de que modificaram seu compromisso inicial com nosso país e decidiram não apoiar finalmente a proposta do Paraguai.

    O Paraguai, ao longo de sua rica história, tem sido um país que sempre baseou suas posições nesses elevados princípios e valores, e não renunciará a eles por uma eleição ou conjuntura particular.

    Analisando todos esses elementos, tomei a decisão de retirar a candidatura do Ministro das Relações Exteriores, Rubén Ramírez Lezcano, um diplomata de longa trajetória e que conquistou prestígio não só regional, mas mundial para a Secretaria-Geral da OEA.

    Agradeço profundamente àqueles países que, com convicção, lealdade e princípios, mantiveram seu apoio à nossa candidatura.

    Ratifico, também, o compromisso do Paraguai de continuar trabalhando incansavelmente na construção de um hemisfério e uma OEA onde primem princípios, valores e ideais, ou seja, dessa América que é “uma, morena e alegre”, nas palavras de um inesquecível paraguaio.

    Santiago Peña Palacios

    (Com informações de Henrique Sales, da CNN)

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