Para o 7 de Setembro, STF planeja reforço na segurança 70% maior do que em 2021
Inteligência do STF mapeou possíveis ocorrências, como riscos de invasão ao tribunal ou tentativas de furar bloqueios
O Supremo Tribunal Federal (STF) prepara um efetivo 70% maior para proteção dos prédios e entorno, para o 7 de Setembro deste ano em comparação com 2021. A Corte também planeja, pela primeira vez, uma barreira antidrone – sensores que detectam o equipamento – no dia em que se comemora o Bicentenário da Independência.
Preocupada com riscos de invasão ao STF ou tentativas de furar bloqueios, a inteligência do STF mapeou possíveis ocorrências. A Polícia Militar (PM), por exemplo, prevê destacar um grupo da tropa de choque que deverá permanecer ao lado do STF.
Também por segurança, não será informada a agenda dos ministros e cada conta um contará com escolta de agentes da Polícia Judicial treinados para adoção de protocolos em diversos cenários possíveis.
A CNN apurou ainda que, além dos agentes do próprio STF, o efetivo será composto por servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e do Tribunal Regional Federal (TRF).
A Polícia Judicial tem poder de polícia no prédio do STF, nas suas adjacências e nos locais onde estão presentes os ministros, magistrados e demais autoridades que estejam sob responsabilidade do tribunal.
Agentes de segurança do Poder Judiciário da União tiveram, em 2020, a mudança de sua nomenclatura, para “Policiais Judiciais”. O cargo existe desde a Lei 11.416/2006 e só pode ser provido por meio de concurso público.
São cerca de 5 mil em todo o Brasil. O Policial Judicial, em decorrência da função, pode utilizar qualquer tipo de arma desde que habilitado em todos os tipos e espécies existentes. Desde equipamentos considerados “não letais”, como taser, gás lacrimogêneo ou de pimenta e elastômeros, a armas de fogo portáteis e de porte, como pistolas e armas longas.
A CNN apurou também que a segurança do 7 de Setembro está sendo avaliada em conjunto pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Corpo de Bombeiros, PM, Polícia Legislativa da Câmara e do Senado, Polícia Judicial do STF, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Departamento de Trânsito (Detran DF), entre outras instituições que tenham impacto nas ações.
Conforme acordado entre todos os órgãos de segurança pública, as vias serão fechadas a partir do dia 5. Caminhões não entrarão no perímetro do plano piloto, exceto aqueles que comprovarem estar em serviço. Carros de som serão permitidos Esplanada dos Ministérios para manifestações, mas antes do Palácio do Itamaraty.
De acordo com o monitoramento das unidades de inteligência, a expectativa é de que o espaço receba um grande público. A avaliação da Corte tem como base a ocupação hoteleira que está em 100% para a data.
De acordo com o plano de segurança de todas as forças, carros comuns serão bloqueados a partir da Rodoviária (cerca de 3 km) e pessoas só poderão chegar até o Itamaraty. Para os bloqueios, serão utilizados blocos de concreto e caminhões barreiras, uma novidade esse ano.
Em nota, o STF afirmou que a Secretaria de Segurança do tribunal realizou, ao longo dos últimos meses, ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais e, com base no resultado dessas análises, definiu os riscos existentes e planejou ações que reduzam ou neutralizem esses riscos de maneira preventiva.