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    Para Itamaraty, visita de Lavrov é avanço em mediação de diálogo entre Rússia e Ucrânia

    Fontes consultadas pela reportagem negam ruído com visita de chanceler russo e recordam conversam de Lula com Zelensky

    Tainá Falcãoda CNN

    Brasília

    A visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ao Brasil, nesta segunda-feira (17), sinaliza um caminho para a mediação de um diálogo entre russos e ucranianos sobre o fim da guerra. A avaliação é de fontes ligadas ao Itamaraty.

    A proposta para que países neutros medeiem as conversas sobre a guerra acaba de ser apresentada ao presidente chinês, Xi Jinping, mas sem avanço.

    Na viagem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) responsabilizou tanto a Ucrânia, quanto a Rússia pela guerra e insinuou que os Estados Unidos e a União Europeia incentivam a perpetuação do conflito.

    Apesar da repercussão negativa na imprensa internacional, diplomatas brasileiros defendem que o presidente Lula tem razão, já que os americanos e países europeus tem ajudado Ucrânia com apoio militar e sanções aos russos.

    Nesta segunda-feira (17), a União Europeia se pronunciou oficialmente, sobre as declarações do presidente Lula, que apontou tanto Rússia quanto Ucrânia como responsáveis pela guerra iniciada no ano passado, além de culpar as potências ocidentais pelo prolongamento do conflito.

    O porta-voz principal para Assuntos Externos da UE, Peter Stano, disse que a Rússia é a “única responsável” pela escada de violência no Leste Europeu.

    Lula terá uma reunião com Lavrov na tarde desta segunda-feira, onde deverá discutir o posicionamento do Brasil de se apresentar como uma espécie de mediador no conflito entre Rússia e Ucrânia. Anteriormente, ainda nesta segunda, Lavrov foi recebido pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, a quem agradeceu pelo Brasil contribuir com a busca de uma solução para a guerra.

    Apesar da aproximação com os russos, Lula não deve visitar nem Rússia, nem Ucrânia. No dia 2 de março, o presidente brasileiro também conversou por vídeo com o presidente Volodymyr Zelensky e foi convidado para visitar o país invadido, o que, segundo o Itamaraty, também não tem data para acontecer.