Quais são os países mais democráticos do mundo?
Veja quais são os principais países democráticos do mundo segundo o Democracy Index 2022
Os países democráticos são considerados aqueles em que o poder político é exercido pelo povo, por meio de eleições livres e justas.
Nesses sistemas, os cidadãos têm o direito de escolher seus representantes e participar ativamente nas decisões que afetam suas vidas.
A democracia é baseada em princípios fundamentais, como a proteção dos direitos individuais, a igualdade perante a lei e a liberdade de expressão. Mas quais são os países que seguem esse formato e ganham destaque?
A seguir, veja os países mais democráticos do mundo de acordo com o Democracy Index de 2022 e entenda como funciona o Índice de Democracia.
Quais são os países mais democráticos do mundo?
O Democracy Index em 2022 é um material publicado todos os anos pela Unidade de Inteligência da The Economist, uma empresa de pesquisas e análises do Economist Group, responsável também por publicar a revista com o mesmo nome.
No resultado mais recente do Democracy Index, a lista de maiores democracias do mundo é:
- Noruega;
- Nova Zelândia;
- Islândia;
- Suécia;
- Finlândia;
- Dinamarca;
- Suíça;
- Irlanda;
- Países Baixos;
- Taiwan.
Os critérios que fazem parte dessa avaliação envolvem a qualidade do processo eleitoral, o grau de pluralismo, a eficiência do governo, o nível de participação política da população, a cultura política e a garantia das liberdades civis.
Conheça um pouco sobre cada um dos países.
Noruega
Com uma pontuação de 9.81 de 10, a Noruega lidera o ranking pelo décimo ano consecutivo. O país se destaca pela alta participação política, liberdade de expressão e imprensa, respeito aos direitos humanos e transparência governamental.
A Noruega é uma monarquia constitucional parlamentarista, onde o primeiro-ministro é o líder do partido ou coalizão majoritária no parlamento unicameral. O rei tem funções cerimoniais e não interfere na política.
Nova Zelândia
Em segundo lugar, tem-se a Nova Zelândia, tendo uma nota 9.26. O país é elogiado pela sua gestão eficaz da pandemia de covid-19, que fortaleceu a confiança pública nas instituições e na liderança da primeira-ministra Jacinda Ardern.
Ela funciona também como uma monarquia parlamentarista, onde o primeiro-ministro é o líder do partido ou coalizão majoritária no parlamento unicameral. O rei da Inglaterra, Charles III, é chefe de Estado, mas não tem poder de decisão.
Islândia
9.25 de 10, a Islândia fica em terceiro lugar no ranking. O país é reconhecido pela sua igualdade de gênero, diversidade política e cultura cívica.
A Islândia é uma república parlamentarista, onde o presidente é o chefe de estado cerimonial, eleito diretamente pelo povo. O poder executivo é exercido pelo governo, liderado pelo primeiro-ministro.
Suécia
Em quarto lugar, entre os principais países democráticos, está a Suécia, com nota 9.24. Seu destaque vai para a estabilidade democrática, sistema eleitoral justo e pluralista, liberdade de imprensa e sociedade civil ativa.
A Suécia é mais uma monarquia constitucional parlamentarista, onde o rei é o chefe de estado cerimonial, também sem poder político efetivo. O poder executivo é exercido pelo governo, liderado pelo primeiro-ministro.
Finlândia
A Finlândia tem a nota de 9.20, ficando em quinto lugar no ranking. O país é admirado pela sua educação de qualidade, estado de bem-estar social, baixa corrupção e alto nível de confiança nas instituições.
O País é uma república democrática parlamentarista, onde o presidente é o chefe de estado eleito diretamente pelo povo, com funções limitadas na política externa e na defesa nacional. O poder executivo é exercido pelo primeiro-ministro.
Dinamarca
A pontuação da Dinamarca é de 9.11, fazendo com que ela ocupe o sexto lugar no índice. Sua democracia participativa, liberdade de expressão e associação, proteção dos direitos das minorias e eficiência governamental são os principais destaques.
É também um país com uma monarquia constitucional parlamentarista, onde o rei é chefe de estado cerimonial, sem poder político efetivo.
Suíça
Sétimo lugar no ranking, com uma pontuação de 9.03, a Suíça é conhecida pelo seu sistema político descentralizado, que permite uma ampla participação popular através de referendos e iniciativas populares.
Ela é uma confederação de 26 cantões, cada um com autonomia política e administrativa. O poder executivo é exercido pelo Conselho Federal, composto por sete membros eleitos pelo parlamento bicameral, a Assembleia Federal.
Irlanda
Com uma pontuação de 8.96, a Irlanda ocupa o oitavo lugar no índice. O país ganha destaque pela sua cultura política inclusiva, que permitiu avanços em questões como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e também o aborto legalizado.
O País é uma república parlamentarista, onde o presidente é o chefe de estado eleito diretamente pelo povo, com funções limitadas na política externa e na defesa nacional. O poder executivo é exercido pelo primeiro-ministro.
Países Baixos
Os Países Baixos, ou Holanda, é o País que ocupa o nono lugar no ranking com uma pontuação de 8.92. Ele se destaca pela sua diversidade política e cultural, liberdade de imprensa e religião, respeito ao estado de direito e ao meio ambiente.
É uma monarquia constitucional parlamentarista, onde o rei é o chefe de estado cerimonial, sem poder político efetivo. Como nos outros casos, o poder executivo é exercido pelo governo, liderado pelo primeiro-ministro.
Taiwan
No décimo lugar entre os principais países democráticos, com uma pontuação de 8.82 em 10, Taiwan é o único país asiático entre os dez primeiros.
O país é reconhecido pela sua resistência à pressão da China continental, que não reconhece a sua soberania, e pela sua defesa da democracia e dos direitos humanos.
Ele é uma democracia representativa, onde o presidente é o chefe de estado e de governo, eleito diretamente pelo povo. O poder executivo é exercido pelo presidente e pelo gabinete, composto por ministros nomeados pelo presidente.
Brasil ocupa a 51ª posição do ranking dos países mais democráticos
Entre os 167 países, o Brasil está na 51ª posição do ranking em 2022, o que representa 4 posições abaixo em relação à 2021.
O Brasil é um país democrático, mais especificamente uma República federativa presidencialista, baseada na democracia representativa. O governo federal tem três Poderes independentes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
O Poder Executivo, por sua vez, é exercido pelo presidente e pelo gabinete, composto por ministros nomeados pelo presidente.
O Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Finalmente, o Judiciário é exercido pelos tribunais superiores e inferiores.
Para o índice, o Brasil é considerado uma “democracia imperfeita”. O relatório faz classificação de democracia entre 4 tipos de regimes políticos. São eles “democracia plena”, “democracia imperfeita”, “regime híbrido” e “regime autoritário”.
Entre os cinco fatores, o Brasil teve destaque positivo pelo seu processo eleitoral robusto com o uso das urnas eletrônicas, no entanto, outros aspectos tiveram notas baixas, como o funcionamento do governo (a análise foi feita em relação a 2021).
Como funciona o Índice de Democracia?
O Índice de Democracia é um indicador que mede os países democráticos atualmente, considerando o grau dela em 167 países.
Ele se baseia em cinco critérios: processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política democrática e liberdades civis.
Cada critério tem uma pontuação máxima de 10, e a média dos cinco critérios resulta na pontuação final do país.
O índice é publicado anualmente desde 2006 e tem como objetivo avaliar o estado da democracia no mundo e os desafios que ela enfrenta.
Além disso, também reflete os impactos de eventos políticos, sociais e econômicos que afetam a qualidade da democracia em cada país.
Entenda o conceito de democracia plena
O conceito de democracia plena é usado pelo Índice de Democracia da revista The Economist para classificar os países democráticos que têm as melhores condições desse sistema.
Segundo o índice, uma democracia plena é aquela que respeita e reforça as liberdades civis e os direitos políticos fundamentais, e que tem uma cultura política favorável ao florescimento dos princípios democráticos.
Os países que são considerados democracias plenas pelo índice devem atender a cinco critérios:
- ter um processo eleitoral e pluralismo livres e justos;
- ter um funcionamento eficaz do governo;
- ter uma alta participação política dos cidadãos;
- ter uma cultura política democrática;
- ter liberdades civis garantidas.
O índice atribui uma pontuação de 0 a 10 para cada critério, e a média das cinco pontuações resulta na pontuação final do país. Os países que têm uma pontuação igual ou superior a 8 são classificados como democracias plenas.
De acordo com o índice de 2022, quase metade da população mundial vive em algum tipo de democracia (45,3%). Apenas 8% residem em uma “democracia plena”.
O conceito de democracia plena é útil para medir e monitorar o progresso ou o retrocesso da democracia no mundo, e para identificar os principais desafios e oportunidades para a sua consolidação e aprimoramento.
Ele também estimula o debate público e acadêmico sobre o significado e o valor da democracia, e sobre as melhores práticas e políticas para promovê-la
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