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    Padilha diz que Câmara não deve priorizar projetos “que atiçam a violência política”

    Ministro se referiu a propostas que discutem fim da delação premiada e aumento de pena para crime de aborto

    Bianca CamargoRenata Souzada CNN , São Paulo

    Ao ser questionado sobre a posição do governo em relação à discussão dos projetos de lei que tratam do fim da delação premiada e do aumento de pena para o crime de aborto, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, defendeu que as propostas não devem ser priorizadas na Câmara dos Deputados.

    “Consideramos que esses projetos de lei não deveriam estar neste momento na pauta prioritária da Câmara dos Deputados. O líder [José] Guimarães vai reforçar essa fala junto ao conjunto dos líderes e ao presidente da Câmara”, disse Padilha a jornalistas nesta segunda-feira (10).

    “O governo vai entrar em campo para que a pauta da Câmara não seja em projetos que atiçam a beligerância e violência política”, acrescentou o ministro.

    A avaliação do governo, segundo Padilha, é de que devem ser priorizadas as discussões de cunho econômico e social.

    “Deveria se concentrar na pauta econômica e social, com divergência, de projetos de autores da oposição e da base, isso independe, mas concentrar nesse tema para a gente reduzir o grau de beligerância e a e de intolerância que ficou explícito na semana passada, levou ao limite da agressão”, afirmou Padilha em referência aos tumultos registrados no Parlamento na última semana.

    A possibilidade de que sejam proibidas delações premiadas feitas por pessoas presas foi ressuscitada na Câmara, após um pedido de tramitação de urgência para um projeto sobre o assunto ser pautado na sessão plenária na última quarta (4).

    Apesar de ter sido pautado, o projeto não chegou a ser apreciado. Contudo, existe expectativa de que a matéria volte à tona nesta semana.

    No mesmo dia, o presidente da Câmara, Arthur Lira, também pautou o projeto de lei que propõe aumentar de dez para 20 anos a pena máxima para quem realizar aborto acima de 22 semanas de gestação — equiparando o crime ao homicídio simples. A proposta também não foi analisada.

    “Achamos que qualquer projeto de lei que alimente esse clima de intolerância, de beligerância, não deveria estar no centro das pautas neste momento”, salientou Padilha sobre as discussões.

     

    *Com informações de Agência Brasil

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