Pacheco só deve tomar decisão sobre MP da reoneração depois de 8 de janeiro, dizem fontes
Medida provisória retira benefícios tributários concedidos a 17 setores da economia
O presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), só deve tomar qualquer decisão sobre a medida provisória (MP) que trata da reoneração de atividades econômicas depois da próxima segunda-feira (8).
Pacheco pretende aproveitar solenidades na segunda-feira — em que se comemorará a manutenção democrática apesar dos atos criminosos em Brasília há um ano – para conversar sobre o assunto com políticos que estiverem na capital federal.
A perspectiva é que não haja uma reunião formal de líderes — até porque o Congresso está de recesso e a maioria dos parlamentares está em viagem ou em seus estados de origem. No entanto, a intenção de Pacheco é já ir conversando com quem puder.
À CNN, líderes do Senado se mostraram disponíveis para conversar, nem que seja por telefone ou videoconferência.
Há parlamentar que defende a devolução da MP pelo Congresso ao Executivo, o que seria uma atitude drástica, mas também tem parlamentar que acredita num meio termo.
A MP tramitaria no Congresso e, então, os parlamentares fariam mudanças no conteúdo do texto. Teve um líder que ressaltou à reportagem que geralmente sempre tem “bastante gordura pra queimar” no texto, que tem pontos que podem ser retirados ou mudados e ainda se chegar num bom termo pra todos os lados.
Além de conversar com líderes parlamentares, Rodrigo Pacheco também deve se assessorar com a consultoria legislativa do Senado.
A MP editada pelo governo federal prevê diminuir e retirar benefícios tributários hoje concedidos a vários setores da economia, além de dar um alívio tributário pra parte dos municípios brasileiros.