Pacheco se reúne com Padilha e líderes do governo na retomada dos trabalhos
Presidente do Senado deve discutir pauta econômica e prioridades do Executivo no segundo semestre; desoneração da folha ainda é impasse
O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) vai se reunir com o time da articulação política do governo Lula para discutir pautas da agenda econômica nesta terça-feira (06), como a desoneração da folha de pagamentos e a regulamentação da reforma tributária.
Participam do almoço na residência oficial do Senado o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP), e os líderes do governo no Senado e no Congresso, Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), respectivamente.
É o primeiro encontro dos articuladores do governo com Pacheco após a volta do recesso legislativo. Na semana passada, Pacheco esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada e também tratou da pauta econômica.
Em um gesto ao Palácio do Planalto, Pacheco pautou o projeto de lei que trata da reoneração dos impostos para os setores produtivos para votação em plenário nesta quarta-feira (7). Como ainda não há acordo definido, a análise da matéria ainda nesta semana é dada como incerta.
Os impasses ainda estão nas formas de compensação de receita para manter a política de desoneração neste ano e a reoneração gradual a partir de 2025.
O governo também enfrenta pressão dos líderes do Senado para retirar a urgência do projeto de lei de regulamentação da reforma tributária, que terá o senador Eduardo Braga (MDB-AM) como relator.
Com a urgência, o Senado é obrigado a votar a matéria em até 45 dias sob o risco de a pauta do plenário ficar trancada e impedir outras votações até que a análise seja feita.
Reservadamente, senadores têm dito que a Casa precisa de mais tempo para se dedicar à análise do texto aprovado na Câmara e que mudanças não estão descartadas.
Outra pauta pendente de análise no Senado é a proposta de repactuação das dívidas dos estados com a União. Pacheco também negocia o texto com o governo e tem pressa para a aprovação.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu prorrogar até 28 de agosto o prazo para o pagamento da dívida de Minas Gerais.
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