Oposição vai explorar contradições de G. Dias em depoimento na CPMI, dizem fontes
Gonçalves Dias comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no 8 de janeiro
Parlamentares da oposição ouvidos pela CNN nesta quarta-feira (30) disseram que pretendem explorar as contradições das declarações do general Gonçalves Dias, de outros depoentes e documentos encontrados pelas investigações.
O general Marco Edson Gonçalves Dias — conhecido como G. Dias — comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no 8 de janeiro e depõe amanhã (31) na CPMI.
Deputados e senadores querem saber onde o general estava e o que fez durante o dia dos ataques.
Conforme gravações internas do Palácio do Planalto, divulgadas pela primeira mão pela CNN, ele chegou ao prédio às 16h18, uma hora depois das invasões.
Os opositores na CPMI também pretendem questionar G. Dias sobre por que demorou para acionar reforços para defender o Planalto.
Relatório do Exército, também revelado pela CNN, mostra que o GSI só convoca o primeiro pelotão às 12h30, apesar dos alertas recebidos.
Reforços só foram enviados às 15h por iniciativa do próprio Exército.
Ele também vai ser questionado sobre o depoimento de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor da Abin.
Saulo disse que G. Dias pediu para retirar o nome dele de um relatório de pessoas que havia recebido alerta sobre a chegada de manifestantes a Brasília.
Em outros depoimentos, G. Dias já disse que pediu o que chamou de alteração porque documento não coincidia com a realidade.
O general pediu demissão do governo Lula depois que as imagens de sua presença no Planalto vieram a público.