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    Oposição protocola representação no Conselho de Ética contra Eduardo Bolsonaro

    “Quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida enérgica, ele é que será tachado como ditador”, disse o deputado

    Larissa Rodrigues, , da CNN, em Brasília

    A Rede Sustentabilidade, o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) protocolaram, nessa quinta-feira (28), representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputado por quebra de decoro do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP).

    Para os parlamentares e dirigentes dos partidos, as declarações por parte do filho de Bolsonaro após a deflagração da operação de combate às fake news nessa quarta-feira, onde o mesmo afirmou que seria necessário punir o ministro Alexandre de Moraes além de afirmar que “quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida enérgica, ele é que será tachado como ditador”, não disfarçam o caráter autoritário e saudosista da ditadura de Eduardo Bolsonaro.

    A representação traz ainda a declaração do deputado de que “o assunto está sendo discutido por altas autoridades”, deixando calara a existência de uma articulação, por parte dos aliados do Presidente da República, que tem por objetivo gerar uma ruptura institucional.

    Para Randolfe, a família Bolsonaro tem agravado a crise gerada pela Covid-19, piorando a situação do Brasil e de milhões de brasileiros: “em plena crise pandêmica no país, enquanto o povo brasileiro está de luto pelos mais de 25 mil óbitos decorrentes do novo coronavírus, além dos mais de 400 mil casos confirmados, o país assistiu perplexo a mais uma manifestação contra o Estado Democrático de Direito promovida pelo Deputado Federal Eduardo Bolsonaro. Fica claro que já se normalizou o rodízio de absurdos proclamados diariamente pela família do Presidente”, afirma. 

    O pedido é a instauração  do Processo Disciplinar por parte do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados para que se apure a prática de conduta atentaria contra o decoro parlamentar praticada por Eduardo Bolsonaro. Devido ao isolamento, a representação sugere a edição de ato normativo que permita que o Conselho funcione remotamente, respeitando o devido processo legal. Com a admissão da Representação,  Eduardo seria punido com a perda imediata de seu mandato.

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