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    Oposição promete atuar para barrar eventual indicação de Dino ao STF

    Parlamentares da base querem sabatina ainda neste ano

    Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública
    Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Caroline Rositoda CNN

    em Brasília

    A possível indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF) já repercute no Congresso. A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça o anúncio nesta segunda-feira (27), antes de embarcar para a Arábia Saudita.

    Caso a indicação se confirme, o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), promete atuar contra Dino desde a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeiro passo antes de seguir para o plenário do Senado.

    “Sua indicação é estritamente política. E neste caso a Constituição não autoriza. Nem notável politico é”, escreveu o senador em postagem no X (antigo Twitter).

    A atuação de Dino à frente da Justiça é criticada por deputados e senadores. Desde o início da gestão, o ministro foi convocado diversas vezes para falar sobre sua atuação na pasta.

    Em algumas situações o ministro chegou a travar discussões com parlamentares. Em abril deste ano, Flávio Dino deixou a Comissão de Segurança Pública da Câmara após confusão entre os deputados.

    Integrantes do Novo, outro partido de oposição ao governo, também classificam como “péssima” a possível indicação.

    “A indicação do Dino para o STF por Lula é uma afronta sem precedentes para a sociedade brasileira. O Congresso Nacional está sendo vilipendiado dia após dia pelo ministro da Justiça que, além de não comparecer a muitas sessões no Congresso, especialmente na Comissão de Segurança Pública da Câmara, ele sabotou, de todas as formas, a CPMI dos atos do dia 8 de janeiro”, afirmou o senador Eduardo Girão (Novo-CE).

    À CNN, parlamentares da base aliada disseram que episódio na Câmara não deve afetar a relação do ministro com os senadores. “No Senado ele compareceu todas as vezes que foi convidado ou convocado. Não levo isso como peso”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).

    Para o parlamentar, o ideal é realizar a sabatina ainda neste ano. “Se fica para fevereiro, são dois meses para a oposição fazer uma onda para virar um problema a aprovação”, disse o petista.