Oposição pede ao STF investigação contra Bolsonaro por reunião com embaixadores
Partidos pedem que Bolsonaro seja investigado por crime contra o Estado Democrático de Direito
Parlamentares da oposição homologaram na manhã desta terça-feira (19) um pedido ao Supremo Tribunal Federal para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja investigado pela reunião que realizou nesta segunda-feira (18) com embaixadores para atacar o sistema eleitoral brasileiro.
O pedido é formulado por deputados do PT, PSB, PV, PCdoB, Rede, PSOL e Solidariedade, todos partidos que integram a campanha à reeleição de Lula.
Eles pedem que Bolsonaro seja investigado por crime contra o Estado Democrático de Direito, especificamente o crime contra as instituições democráticas.
Caso isso não seja possível, que seja apurada a prática do crime de incitação das Forças Armadas contra o Tribunal Superior Eleitoral. Também pede o envio da representação ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Ministério Público Eleitoral, para a apuração da prática de crime eleitoral, propaganda eleitoral antecipada e abuso do poder político e econômico.
Além disso, solicitam a abertura de inquérito para apuração de improbidade administrativa e ressarcimento ao erário.
Imagem de Bolsonaro com embaixadores
O PDT foi ao Tribunal Superior Eleitoral pedir que a Corte retire do Instagram e do Facebook a postagem na qual Jair Bolsonaro está com embaixadores estrangeiros. Segundo a sigla, trata-se de veiculação de propaganda antecipada negativa.
“É inegável que o Senhor Jair Messias Bolsonaro compartilhou fatos sabidamente inverídicos e gravemente descontextualizados com o escopo de atingir a integridade do processo eleitoral, inclusive os processos de votação, apuração e totalização de votos. O conteúdo desinformativo foi veiculado de forma dolosa, com manipulação de fatos, em nítida hipótese que não desafia o limite da liberdade de expressão”, disse a legenda.
Em resposta à CNN, Facebook e Instagram informaram que não vão comentar o pedido do PDT ao TSE.
A CNN também procurou o Planalto para comentar o assunto, mas ainda não obteve resposta.
(Colaborou Gabriela Coelho)