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    Oposição na CPMI do dia 8/1 quer acareação entre Gonçalves Dias e generais

    O requerimento deverá ser apresentado na comissão após o feriado do dia 7 de Setembro

    Parlamentares querem acareação entre Gonçalves Dias e generais em CPMI
    Parlamentares querem acareação entre Gonçalves Dias e generais em CPMI Geraldo Magela/Agência Senado

    Leandro Magalhãesda CNN

    Brasília

    Parlamentares da oposição na CPMI do dia 8 de janeiro ouvidos pela CNN afirmaram que irão apresentar requerimento de convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias.

    O requerimento pedirá ainda uma acareação do ex-GSI com o general Gustavo Henrique Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto, e o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, ex-secretário executivo do GSI à época.

    VÍDEO – CPMI do 8/1 tem mais convocados que sessões para depoimentos

    Sem alertas

    Na segunda-feira (4), o ex-secretário executivo do Gabinete de Segurança Institucional afirmou que o ex-ministro Gonçalves Dias não repassou para a equipe os alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre os ataques do 8 de janeiro que se aproximavam.

    A declaração foi feita durante sessão na CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que também investiga os atos criminosos do dia 8 de janeiro em Brasília.

    Segundo ele, caso as informações da Abin tivessem chegado às mãos de outros setores do GSI, “o Palácio do Planalto não teria sido invadido”.

    “Se os alertas tivessem chegado, seria efetivo o Plano Escudo”, disse. “Não recebi nenhum relatório, mensagem de WhatsApp ou recado de ataques. Só tomei conhecimento [dos alertas] pela imprensa após os fatos”, emendou.

    O militar disse aos parlamentares que, “se a Coordenação de Análise de Risco tivesse tido acesso aos alertas encaminhados pela Abin ao G. Dias, as ações teriam impedido a invasão ao Palácio do Planalto”. “Os alertas da Abin não chegaram ao GSI, tampouco ao secretário de segurança presidencial”, reforçou.

    Penteado ocupava o cargo de secretário-executivo na gestão de Augusto Heleno e se manteve no posto após a transição, trabalhando também com o general Gonçalves Dias, a convite dele. Ele acabou sendo exonerado após os ataques de janeiro.

    Depoimentos

    Na semana passada, G. Dias prestou depoimento na CPMI do Congresso Nacional. No depoimento, disse que os relatórios da Abin eram compartilhados em um grupo de mensagens no WhatsApp do qual não fazia parte, “constituído de órgãos públicos”.

    “Como eu não integrava aqueles grupos e não constava o nome de pessoas no relatório, apenas de órgãos, determinei que as informações fossem padronizadas”, explicou.

    O ex-diretor da Abin Saulo Moura disse, na mesma CPMI, que enviou os alertas de forma particular ao então ministro do GSI.

    Em maio, em depoimento à CPI da Câmara Legislativa, o general Gustavo Henrique Dutra foi questionado sobre o plano de segurança do Palácio do Planalto no dia dos atos criminosos. Ele explicou que chefiava as tropas, mas a responsabilidade de comando era do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Segundo ele, até o meio-dia do 8 de janeiro, o GSI não viu a necessidade de equipe extra.

    O requerimento deverá ser apresentado na comissão após o feriado do dia 7 de Setembro. A CNN entrou em contato com a defesa de Gonçalves Dias e aguarda retorno.