Oposição na CPMI do 8/1 avalia pedir prisão preventiva de Gonçalves Dias
Ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) será ouvido pelo colegiado nesta quinta-feira (31)
Senadores e deputados da oposição ouvidos pela CNN avaliam fazer um pedido de prisão preventiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias, nesta quinta-feira (31), durante seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
O pedido deve ser feito ao presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA).
VÍDEO – CPMI do 8/1: Gonçalves Dias, ex-ministro de Lula, vai responder perguntas sobre atos
De acordo com os parlamentares, o pedido seria fundamentado após a CPMI ter acesso a conversas entre Gonçalves Dias e o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Cunha.
Na ocasião, o ex-ministro pede a retirada do nome dele da lista de alerta enviada a instituições como a Polícia Federal, Polícia Militar do Distrito Federal, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional durante o mês de janeiro.
Parlamentares oposicionistas também questionam o fato de, apesar de G. Dias, como é conhecido, ser alertado pela Abin cinco vezes sobre o risco de invasão aos prédios públicos desde o dia seis de janeiro, ele nada fez.
As informações sobre as cinco mensagens de alerta foram divulgadas com exclusividade pela CNN em 18 de agosto.
Demissão de G. Dias do GSI
Gonçalves Dias foi demitido da chefia do GSI pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 19 de abril após a CNN divulgar vídeos gravados por câmeras de segurança em que ele aparece dentro do Palácio do Planalto durante os ataques.
A repercussão dos acontecimentos mobilizou o Congresso Nacional a abrir uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) formada por deputados e senadores e instalada em abril.
A Comissão quebrou o sigilo de G. Dias, que não tinha falado à CPMI até agora, mas sim na CPI aberta pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Saulo Cunha, que deixou a chefia da Abin em março deste ano, prestou depoimento à CPMI em 1º de agosto. Ele apontou que G. Dias sabia do risco dos ataques.