Oposição na CPMI de 8/1 deve pedir nova prisão de Gonçalves Dias por ocultação de provas
Parlamentares ouvidos pela CNN afirmam que quebra de sigilo telefônico do ex-GSI só mostra mensagens após atos criminosos de 8 de janeiro; peritos dizem que general trocou de celular
Deputados e senadores da oposição devem apresentar um novo pedido de prisão preventiva ao ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula general Gonçalves Dias.
Parlamentares ouvidos pela CNN alegam que houve ocultação de provas por parte de Dias, já que a CPMI só teve acesso às mensagens do general a partir de maio de 2023, ou seja, quatro meses após os atos criminosos do dia 8 de janeiro em Brasília.
A comissão que investiga os atos de vandalismo aprovou a quebra do sigilo telefônico do general correspondente ao período antes e após os ataques aos prédios públicos.
No entanto, os peritos não encontraram mensagens no celular de G. Dias antes do mês de maio.
Segundo parlamentares ouvidos pela CNN, se G. Dias ocultou provas, é uma conduta gravíssima, que requer ação da CPMI.
No documento que deverá ser encaminhado também à mesa do colegiado, oposicionistas fundamentam o novo pedido de prisão preventiva ao afirmar que, além de ocultar provas, o ex-ministro falsificou um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que pediu ao ex-diretor-adjunto Saulo Cunha a retirada do nome dele do documento de alerta da agência que seria enviado a órgãos públicos, como a Comissão de Controle e Inteligência do Congresso Nacional.
O requerimento deverá ser apresentado na comissão nesta semana.
A CNN entrou em contato com a defesa de Gonçalves Dias, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.