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    Oposição diz que rejeitará relatório de Eliziane Gama e preparará texto alternativo

    Parlamentares avaliam até mesmo não comparecer à votação sobre texto final

    Jussara Soaresda CNN , em Brasília

    Parlamentares de oposição na CPMI que apura os atos de 8 de Janeiro dizem estar prontos para rejeitar o relatório final do colegiado que será apresentado pela senadora Elizane Gama (PSD-MA). O grupo aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promete também preparar um texto alternativo.

    O receio dos senadores e deputados é que o relatório da CPMI aponte responsabilidade de Bolsonaro nos atos que terminaram com a invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

    Bolsonaristas já trabalham em um texto alternativo em que pretendem apontar questionamentos que, segundo eles, a CPMI não respondeu e evitou investigar.

    O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do governo Bolsonaro, foi o escolhido responsável por conduzir a elaboração de um relatório alternativo. O texto deve questionar a atuação do Ministério da Justiça.

    “O relatório da CPMI já nasce viciado e não terá não reconhecimento da oposição”, disse à CNN o deputado Evair Mello (PP-ES), suplente na comissão.

    O parlamentar, que foi vice-líder do governo de Bolsonaro na Câmara, confirmou que o grupo de oposição estudará todos os recursos regimentais para barrar o relatório de Eliziane Gama.

    Uma das possibilidades levantadas é que senadores e deputados de oposição não compareçam à votação final do relatório.

    “Se ela confirmar a tendência desse relatório para a sociedade, também vamos trabalhar para produzir um documento para entregar para a sociedade. Se ela tem a versão dos fatos, vamos fazer a nossa também.”

    O deputado Marcos Feliciano (PL-SP) disse que aguarda qual deve ser a linha de atuação de aliados do governo Lula para traçar uma reação. “Sim, teremos um relatório nosso. Vamos ouvir primeiro o governo em que linha irá atuar, e na sequência iremos agir”, disse o parlamentar à CNN.

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