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    Ofensa às Forças Armadas, diz ex-ministro Santos Cruz sobre mudanças do governo

    General Santos Cruz explica como repercutiu saída do ministro da Defesa

    O ex-ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, contou em entrevista à CNN nesta terça-feira (30) como a saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, repercutiu nas Forças Armadas.

    Santos Cruz afirmou que a demissão de Azevedo “foi uma surpresa, mas que vinha se tornando realidade, porque em qualquer disputa normal na democracia, de espaço, interesse ou poder, sempre se falava em Forças Armadas, o que é um absurdo”. 

    Na última segunda (29), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou seis mudanças em ministérios, incluindo o Ministério da Defesa, o que acabou levando à demissão dos três comandantes das Forças Armadas, conforme a pasta anunciou nesta terça (30), em nota.

    Os comandantes estavam receosos que houvesse uma demanda por um alinhamento político das tropas com Bolsonaro, o que é rejeitado por todas elas. Na carta em que anuncia as demissões, Fernando Azevedo disse que, durante o período que comandou a pasta, preservou “as Forças Armadas como instituições de Estado”.

    “Os comandantes não fazem parte dessa camada política, são de dentro de suas instituições com quase 50 anos de serviço, testados e selecionados em todos os níveis hierárquicos que passaram e escolhidos entre os melhores. Esse tipo de saída é uma falta de consideração pessoal, institucional, funcional, desrespeito e ofensa às Forças Armadas. É assim que eu vejo essa situação”, afirmou Santos Cruz.

    General Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo (30.mar.2021)
    General Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo (30.mar.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    O ex-ministro diz ainda que “as Forças Armadas têm missão constitucional, são alinhadas com a constituição, não com o governante de plantão. Qualquer tentativa de criação de crise é artificial”. 

    Cruz considera que uma reforma ministerial é “absolutamente normal, vários governos fazem”, mas “não é normal nessa reforma ministerial trocar os três comandantes de Forças Armadas sem uma razão, uma explicação, uma informação para a sociedade”.

    (Publicado por João Guimarães)