Lula deve fazer 3ª cirurgia no quadril no final de setembro; entenda o procedimento
Presidente passará por procedimento considerado de baixo risco para tratamento de uma artrose
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá fazer a terceira cirurgia no quadril direito, no dia 29 de setembro, em Brasília, para tentar sanar uma dor crônica. É previsto que seja implantada uma prótese na região.
A CNN confirmou com fontes ligadas à equipe médica do presidente que o procedimento vai ocorrer em Brasília para proporcionar maior conforto a Lula e evitar locomoções desnecessárias no pós-operatório. Oficialmente, porém, o Palácio do Planalto diz que a cirurgia ainda não tem data definida.
O procedimento, que será realizado na unidade de Brasília do Hospital Sírio Libanês, mas pela equipe de São Paulo que o acompanha há anos, costuma aliviar por completo as dores dos pacientes, possibilitando retorno às atividades normais.
“É uma cirurgia na qual a gente substitui a cabeça do fêmur por uma cabeça protética e é feito um revestimento na região da bacia conhecida por acetábulo, que é onde ocorre o encaixe da cabeça do fêmur na bacia, com uma taça ou uma cúpula acetabular”, explicou Leandro Ejnisman, ortopedista do Hospital Israelita Albert Einstein, à CNN.
O procedimento não é simples, mas tem baixo índice de complicações.
O procedimento será realizado após Lula voltar de uma maratona de viagens, que inicia pelo encontro do G20 na Índia e deve passar por Cuba, México, terminando na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.
Na há uma estimativa de quanto tempo deve durar a recuperação, mas espera-se que ele receba alta hospitalar alguns dias depois do procedimento.
Além disso, o fato de já estar em Brasília deverá ajudar na recuperação, já que não precisará fazer deslocamentos longos em viagem.
Histórico de saúde
Lula já passou por duas cirurgias no quadril, tendo sido a última delas uma “Denervação percutânea”, no dia 26 de julho. Na época, já havia previsão de que ele voltasse à mesa de operação médica em outubro.
O presidente sente dores crônicas na região porque sofre de artrose, desgaste da cartilagem que reveste as articulações.
O desgaste das cartilagens ao longo da vida é um processo natural. Por isso, a artrose é mais comum em idosos.
Quando ocorre no quadril, o processo leva a um desgaste especificamente da articulação na qual a cabeça do fêmur (osso da coxa) se liga ao acetábulo (parte do osso da pelve).
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*Publicado por Pedro Jordão, com informações de Fernanda Pinotti, Léo Lopes e Elis Franco, da CNN em São Paulo
