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    O que não tem justificativa para ser sigiloso tem que ficar público sobre Caso Marielle, diz Boulos

    Deputado federal eleito defendeu a federalização das investigações da morte da vereadora Marielle Franco, que aconteceu em março de 2018

    Gabriel FernedaVinícius Tadeuda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (5), o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) analisou as medidas que vem sendo tomadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para derrubar sigilos impostos por Jair Bolsonaro (PL).

    Segundo o futuro deputado, dentre os sigilos mapeados pelo governo, estão telegramas do Itamaraty sobre o assassinato de Marielle Franco, que devem se tornar públicos.

    “Um dos sigilos são telegramas do Itamaraty que tratam do assassinato de Marielle Franco. Por qual razão se mantém sigiloso algo que pode contribuir para a investigação de um crime político? Aquilo que não tem nenhuma justificativa de permanecer sigiloso tem que estar aberto”.

    Boulos defendeu também a federalização do caso, e disse que houve obstrução das investigações pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “Acredito que a federalização é o melhor caminho. Flávio Dino já se posicionou nesse sentido. Visivelmente as investigações foram obstruídas quando Bolsonaro fez indicações casuísticas para a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Então é importante que você tenha a federalização para que se tenha uma investigação isenta e que possa a chegar a quem matou Marielle e quem mandou matar”.

    “Federalização não prejudica em nada o compartilhamento de informações. Que essas informações sejam compartilhadas. Se há cinco anos a Justiça do Rio de Janeiro não chegu a nenhum resultado, é razoável que se tente outra alternativa”, completou.

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