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    Núcleo familiar de Flordelis formava organização criminosa, diz polícia

    Para a Polícia Civil e o Ministério Público não restam dúvidas de que a deputada federal Flordelis foi a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo

    Rachel Amorim, da CNN, no Rio

    Para a Polícia Civil e o Ministério Público não restam dúvidas de que a deputada federal Flordelis foi a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. Essa conclusão foi possível, de acordo com os investigadores, através de provas robustas e ações de inteligência.

    Durante entrevista coletiva na Cidade da Polícia, no bairro do Jacaré, zona norte do Rio, o delegado Antônio Ricardo, diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa do Rio de Janeiro, disse que além da deputada Flordelis, outras pessoas do núcleo familiar participaram efetivamente do crime e, por isso, a família de Flordelis pode ser considerada uma organização criminosa.

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    A deputada e pastora evangélica tem 55 filhos entre adotivos, biológicos e afetivos e alguns foram presos por participação no assassinato. Segundo o delegado ALlan Duarte, da Delegacia de Homicídios, além de arquitetar a morte do marido, Flordelis é acusada de financiar a compra da arma, tentar obstruir provar e tentar matar o marido envenenado. As investigações apontam indícios de tentativas de envenenamento na comida do pastor entre maio de 2018 e junho de 2019 que foi quando ocorreu o crime. 

    Ainda segundo o delegado Allan Duarte, a deputada passava a imagem de caridosa e religiosa mas isso foi desconstruído nas investigações. 

    A motivação do crime, segundo o Ministério Público, foi financeira. O pastor Anderson do Carmo era o responsável por administrar as finanças da família, inclusive, lucros obtidos em cultos e shows evangélicos e isso gerou desentendimento. 

    A deputada não pôde ser presa por conta da imunidade parlamentar, mas a denúncia foi encaminhada à Câmara dos Deputados e cabe agora à Casa Legislativa decidir pelo afastamento do cargo. 

    A polícia também apontou indícios da prática de rachadinhas no gabinete da pastora. A deputada federal Flordelis terá que cumprir uma série de medidas cautelares como não manter contato com testemunhas e outros investigados, a locomoção dela será controlada e o passaporte recolhido.

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