Novos indiciamentos são possíveis, diz diretor da PF sobre plano de golpe
Andrei Rodrigues, contudo, diz que não pode "entrar no campo da especulação" e que elementos de provas ainda estão sendo analisados
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que o surgimento de novos indiciamentos por envolvimento no plano de golpe de Estado, após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), são “tecnicamente” possíveis. No total, 40 pessoas foram indiciadas pela insituição.
“Tecnicamente, é possível”, disse Rodrigues ao ser questionado no programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (27). “Sempre que houver encontro de pessoas com autoria, materialidade e circunstância de participação no delito. Possível, tecnicamente é, agora, faticamente, eu não saberia dizer”, completou.
O diretor, contudo, ressaltou que não poderia “entrar no campo da especulação”, que uma análise do material apreendido na Operação Contragolpe está sendo feita neste exato momento e um relatório adicional ainda será enviado.
A declaração aconteceu após uma menção à delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
“Vamos buscar elementos de prova para confirmar, ou não, aquilo que foi que foi dito”, continuou ele. “E assim que conseguirmos chegar a um resultado conclusivo, apresentaremos ao Poder Judiciário”, adicionou.
Indiciados pela Polícia Federal
Em novembro de 2024, a PF indiciou 37 pessoas por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado no país, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. Em dezembro, o número subiu para 40.
Entre elas, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, sigla de Bolsonaro.
Os 40 foram indiciados pelos seguintes crimes:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- e organização criminosa.