Novo relator rejeita PEC do voto impresso; Lira diz que levará ao plenário
Na decisão inicial, o relator Raul Henry (MDB-PE) também havia pedido o arquivamento imediato da PEC, mas recuou
O novo relator do parecer do voto impresso, deputado Raul Henry (MDB-PE), rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 135 de 2019 — apresentada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) — que pede a expedição de cédulas físicas para fins de auditoria.
Embora o texto tenha sido rejeitado na comissão por 22 votos a 11, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em pronunciamento no Salão Verde nesta sexta-feira (6) que vai levar a questão do voto impresso para o plenário da Casa.
“O plenário será o juiz dessa disputa que já foi longe demais”, disse Lira no pronunciamento.
Na decisão inicial, Henry também pediu o arquivamento imediato da PEC. O deputado, no entanto, recuou e afirmou que como a matéria será votada em plenário, “haverá votos suficientes para arquivar definitivamente essa proposta”.
Na decisão que levou à rejeição, Henry afirma que é “preciso considerar que a proposta apresentada não entrega o que promete aos eleitores brasileiros, não agregando nenhum avanço consistente no sistema de votação brasileiro que não seja, ao mesmo tempo, acompanhada de uma desvantagem ainda maior”.
Para o parlamentar, a população brasileira depois de vinte e cinco anos da utilização da urna eletrônica, reconhece e testemunha a conquista que ela representa, diferentemente do período em que o voto era em papel.
“Não há nenhuma confirmação de uma única fraude nesse período, e mais, não houve sequer uma única suspeita fundamentada ao logo dessa um quarto de século. Nosso objetivo, enquanto sociedade é continuarmos defendendo a democracia, a segurança nos processos eleitorais, sem negar ou combater os avanços já conseguidos”, completou Henry.