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    Novo chefe da PF na fronteira com Paraguai diz que foco é combater crime transnacional

    Delegado Anezio Rosa de Andrade diz que Ponta Porã (MS) é a ‘porta de entrada da criminalidade no Brasil’; e que grandes operações da PF serão deflagradas no combate ao crime organizado

    Elijonas Maiada CNN , Brasília

    A delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã (MS) é estratégica para o combate ao crime organizado. Com 90 mil habitantes, a cidade fica na divisa com o Paraguai e faz fronteira com Pedro Juan Caballero.

    O novo chefe da delegacia fronteiriça, delegado Anezio Rosa de Andrade, explica que a unidade de Ponta Porã conta com dez municípios na circunscrição e 500 km de fronteira terrestre.

    O combate ao tráfico de drogas transnacional é apontado pelos investigadores como um dos principais focos, além do narcotráfico. No começo do mês, o governo federal decretou Garantia da Lei e da Ordem para que o Exército atue também nas fronteiras em conjunto às forças policiais. O objetivo é impedir a entrada de armas no Brasil.

    “O foco aqui é combate ao crime organizado em especial o tráfico de drogas, a lavagem de capitais, corrupção, crimes transnacionais, abuso infantil. Envolve migração também. Nossa principal missão aqui é manter o bom trabalho da PF”, disse o delegado em entrevista à CNN.

    O novo chefe da PF na fronteira Brasil-Paraguai diz também que novas operações vão ser deflagradas com foco no crime transnacional para fechar ‘a principal porta de entrada da criminalidade no Brasil’, como ele caracteriza Ponta Porã.

    “Outro grande foco é manter as grandes operações como aconteceram nesse ano de repercussão. Cada vez mais investir em recursos, tecnologia, inteligência, investigação de grandes portes, que envolvam o crime organizado em níveis nacional e internacional. Sabendo que a principal porta de entrada da criminalidade no Brasil é essa região da circunscrição de Ponta Porã, inclusive temos agora uma operação integrada do Ministério da Justiça com a Defesa que vai ter o Exército e foco nas fronteiras. Nosso desafio é fazer frente ao crime organizado”, detalhou.

    Resultado desse trabalho, que já vem sendo feito, são apreensões, de acordo com a PF. Em agosto, outra megaoperação foi deflagrada e apreendeu armas, fuzis, um avião e carros de luxo. Em julho, outra operação de grande repercussão prendeu paramilitares brasileiros e estrangeiros com treinamento internacional e atuação em guerras.

    Segundo a PF, eles faziam a segurança pessoal de um líder de uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas. Ele acabou fugindo da PF de helicóptero para o Paraguai. As autoridades brasileiras suspeitam que ele recebeu informação antecipada de que seria preso.

    Em dezembro do ano passado, uma outra grande operação conseguiu apreender 1,5 tonelada de maconha em Ponta Porã em um caminhão fretado com destino ao interior de São Paulo. Para o novo delegado da PF na cidade, essas apreensões serão constantes.

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