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    No meu gabinete da Presidência, ninguém entra com telefone celular, diz Lula

    "O ser humano está ficando muito individualista por causa das redes digitais", disse o presidente durante transmissão ao vivo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante entrevista para o programa "Conversa com o Presidente", nesta terça-feira (4).
    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante entrevista para o programa "Conversa com o Presidente", nesta terça-feira (4). Reprodução/Lula Oficial

    Lucas Schroederda CNN

    em São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta terça-feira (4) que o uso de telefones celulares em reuniões no seu gabinete não é permitido. A fala ocorreu durante o programa “Conversa com o Presidente” — transmissão ao vivo realizada semanalmente nas redes sociais para tratar de medidas do Governo Federal.

    “No meu gabinete da Presidência, ninguém entra com celular. Celular fica na portaria. Em nenhuma reunião eu permito celular”, disse Lula. “Eu me autoeduquei (sic) de não ficar dependente digital. Eu não preciso saber de notícias cinco horas da manhã”, continuou o presidente.

    Durante a transmissão, Lula também afirmou que as redes digitais têm deixado os seres humanos com “mais raiva” e “mais insuportáveis”.

    “Nós estamos virando algoritmo. O ser humano está ficando muito individualista por causa das redes digitais. Ele tá passando a maior parte do tempo dele conversando consigo mesmo. Isso vai individualizando as pessoas. Eu acho que isso vai tornando as pessoas com mais raiva, as pessoas ficam mais insuportáveis”, ressaltou Lula.

    Relação Mercosul-União Europeia

    Ao comentar o acordo entre Mercosul e União Europeia, Lula disse que não aceita que europeus coloquem “espada na cabeça” do bloco sul-americano.

    “É um acordo de companheiro, é um acordo de parceiros estratégicos. Então, nada de um parceiro estratégico colocar espada na cabeça do outro. Vamos sentar, vamos tirar as nossas diferenças e vamos ouvir o que é bom para os latino-americanos, o que é para o Mercosul e o que é bom para o Brasil”, afirmou Lula.

    O acordo é discutido exaustivamente desde 1999 e chegou a ser assinado em 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, em março, a União Europeia enviou um documento que reabriu as negociações e passou a exigir compromissos ambientais para desbloquear o acordo de livre comércio entre as nações.

    “Eu tenho discutido com muitos amigos na Europa e eu tenho mostrado para eles o seguinte: ninguém no mundo tem a autoridade moral de discutir a questão conosco sobre a questão de energia limpa”, completou o mandatário.