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    Nísia diz que deixa Ministério após encontrá-lo desmontado e desacreditado

    Alexandre Padilha assumiu o Ministério da Saúde nesta segunda-feira (10)

    Leticia MartinsManoela CarlucciCarol Rositoda CNN , São Paulo e Brasília

    Nísia Trindade, que deixa o Ministério da Saúde nesta segunda-feira (10), afirmou que encontrou a pasta desmontada e desacreditada, após a pandemia da Covid-19, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

    “Encontrei o Ministério desmontado e desacreditado após a terrível experiência das 700 mil mortos por Covid no governo passado. No nosso trabalho de reconstrução, encontramos mais de 4,5 mil unidades de saúde que aguardavam credenciamento, mais de 4 mil obras paralisadas”, disse Nísia durante a passagem de cargo.

    Ela ainda desejou boa sorte a Alexandre Padilha, que assume a pasta da Saúde a partir desta segunda-feira, e agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por tê-la escolhido para comandar o Ministério quando assumiu o terceiro mandato.

    “Creio que seja esse o legado que deixo, reconstruir o SUS e a capacidade de gestão do Ministério da Saúde. Tenho orgulho de afirmar que fui ministra do SUS”, acrescentou.

    “Campanha misógina”

    Durante discurso de despedida da pasta, Nísia ainda citou o que chamou de “campanha sistemática e misógina” enquanto esteve à frente do cargo.

    “Socióloga com muito orgulho e sanitarista também, com muito orgulho, fui a primeira mulher a ocupar a presidência da Fiocruz e o cargo de ministra da Saúde do Brasil. Não posso esquecer que, durante os 25 meses em que fui ministra, uma campanha sistemática e misógina ocorreu de desvalorização do meu trabalho, da minha capacidade e da minha idoneidade”, ressaltou a ex-ministra.

    Os dois anos de Nísia à frente da Saúde foram marcados pela implementação de programas e investimentos na telemedicina no Sistema Único de Saúde (SUS).

    Um deles é o Programa Brasil Saudável, instituído em 2023, com o objetivo de eliminar e controlar “doenças socialmente determinadas”, como tuberculose, hanseníase, HIV e malária.

    Nísia foi demitida no fim de fevereiro após enfrentar dificuldades na articulação política.

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