“Não tenho vontade própria”, diz Pimenta sobre permanecer no Executivo
Ex-ministro da Secom afirmou estar "na expectativa dessa definição" do presidente Lula sobre possível nova tarefa
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O agora ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nesta terça-feira (14) que aguarda uma definição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o destino político dele.
“Essa pergunta só quem pode responder é o presidente [Lula]. Eu também vou aguardar o momento que ele me chamar para que ele possa me designar para alguma tarefa, alguma função no momento que ele achar que deve fazer isso e tenha amadurecido essa decisão”, disse em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.
Ele afirmou ter combinado com o chefe do Executivo que terá um período de férias na próxima semana. Sobre novas mudanças no governo, negou saber o prazo para que Lula defina outras trocas.
“Não adianta me perguntarem para onde eu vou. Também estou na expectativa dessa definição. Combinei com o presidente que eu tiraria alguns dias. Portanto, não quero acelerar, não quero apressar essa questão”, disse.
O ex-ministro evitou responder se prefere continuar com um cargo no Executivo. Pimenta é deputado federal licenciado pelo Rio Grande do Sul e integra a bancada petista da Câmara. “Não tenho vontade própria, faço o que me mandam”, declarou.
No discurso durante o evento de posse do substituto dele, o publicitário Sidônio Palmeira, Pimenta deu razão a Lula em querer promover mudanças na comunicação do governo. Também atribuiu a si eventuais “limitações” da Secom.
“Acho que o presidente tem toda a razão quando ele quer uma sacudida na comunicação do governo”, afirmou.
A nomeação de Sidônio foi a primeira mudança da reforma ministerial ventilada por integrantes do governo e congressistas. O novo chefe da Secom trabalhou na campanha presidencial de Lula em 2022.
O desafio do publicitário, segundo Pimenta e o próprio novo ministro, é modernizar a comunicação do Executivo e combater as fake news que ganham alcance nas redes sociais e impedem que a informação correta chegue à população.