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    Não sou coveiro, diz Boulos sobre fala de Valdemar Costa Neto

    Deputado eleito pelo PSOL usou frase dita pelo ex-presidente em 2020 ao ser questionado sobre os mortos na pandemia

    Gabriel Fernedada CNN , em São Paulo

    Durante participação no Arena CNN desta sexta-feira (27), o deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP) afirmou que “não é coveiro”, após a fala do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que disse mais cedo que achava que Jair Bolsonaro (PL) “ia morrer” após ter perdido as eleições de 2022.

    “‘Não sou coveiro, e daí?’ Foi o que ele falou pra 700 mil brasileiros e brasileiras que morreram por conta da falta de disposição dele, de viabilizar vacina, por conta da conduta criminosa dele diante da pandemia”, disse Boulos.

    A fala de Boulos é a mesma que foi utilizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em abril de 2020. Na época, o então chefe do Executivo havia sido perguntado sobre as mortes por conta da Covid-19. Bolsonaro respondeu dizendo que “não era coveiro” e logo mudou de assunto.

    Boulos reforçou que a discussão a partir de agora deve girar em torno do futuro jurídico de Bolsonaro.

    “Então eu acho que a grande questão, se tratando do Bolsonaro, depois do que a gente viveu nos últimos quatro anos, não é simplesmente a gente discutir o futuro político dele, é discutir o futuro jurídico dele.”

    “Não dá para admitir uma anistia em nome da pacificação do país, e o Bolsonaro não responder pelos crimes que ele cometeu, pela postura dele na pandemia, e que o Augusto Aras manteve isso na gaveta até hoje.”

    O futuro deputado federal ressaltou que Bolsonaro deve ser investigado também por crimes contra a democracia.

    “Em relação também aos crimes contra a democracia, não somente nos atos do dia 8. Pra além disso, o que ele fez nos últimos quatro anos. Defendeu golpe de Estado, defendendo torturador, atacando o sistema eleitoral, usando a máquina do Estado pra promover fake news, precisa responder por isso.”

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