Não há possibilidade de abrir espaço na Casa Civil para PP e Republicanos, diz Lula
Presidente deu a declaração em meio a negociações de apoio dos dois partidos ao governo federal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (19), que não há possibilidade de abrir espaço na Casa Civil para o Partido Progessistas (PP) e Republicanos ao ser questionado sobre uma “uma reacomodação para que esses partidos façam parte do governo”.
“Não existe possibilidade. Obviamente que na medida que você tenha partidos que queiram participar da base, nós temos interesse em trazer esses partidos para dar tranquilidade à nossa governança dentro do Congresso Nacional, mas quem discute ministro é o presidente da república. Não é partido que pede ministério, é o presidente da República que oferece”, disse.
“No momento adequado, quando eu voltar [ao Brasil], quando terminarem as férias dos deputados, sem a pressa dos líderes, mas com a tranquilidade de quem tem a responsabilidade de presidir um país como o Brasil, eu chamaria as pessoas pra conversar e aí ofereceria aquilo que eu acho que é necessário oferecer”, acrescentou.
O presidente ainda disse que é necessário “ir devagar para fazer um acordo maduro e duradouro”.
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Na terça-feira (18), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniu com dois cotados a ministro de governo para avançar nas negociações de reforma ministerial.
O líder do Progressistas, André Fufuca (PP-MA), e o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) estiveram no Palácio do Planalto em reuniões separadas com Padilha. De acordo com interlocutores do Planalto, os dois trataram de espaços para os partidos no governo.
Fufuca é o nome do centrão para a pasta de Desenvolvimento Social, atualmente ocupada pelo petista Wellington Dias, que conta com favoritismo de Lula para continuar no posto.
Enquanto isso, Costa Filho está em negociações com o Planalto para assumir a pasta de Esportes. A possível mudança é alvo de muitas críticas porque retiraria a ex-atleta Ana Moser da vaga.
A expectativa, entre lideranças do Congresso, é de anúncio de reforma ministerial até agosto.
(Publicado por Marina Toledo, com informações de Basília Rodrigues)