Não há espaço no Brasil para quem atenta contra a democracia, diz Pacheco
Em nota, presidente do Congresso disse que a suspeita de um planejamento para assassinar Lula, Alckmin e Moraes é "extremamente preocupante"
Em nota, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (19) que não há espaço no Brasil para quem atenta contra a democracia.
Nesta manhã, a Polícia Federal realizou operação contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os alvos incluem um general da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), integrantes do grupo de elite do Exército conhecido como “kids pretos” e um policial federal.
Pacheco disse considerar as suspeitas sobre os alvos “extremamente preocupantes”.
“O grupo, segundo as investigações, tramava contra a democracia, em uma clara ação com viés ideológico. […] Não há espaço no Brasil para ações que atentam contra o regime democrático e, menos ainda, para quem planeja tirar a vida de quem quer que seja. Que a investigação alcance todos os envolvidos para que sejam julgados sob o rigor da lei”, afirma o presidente do Congresso.
Operação Contragolpe
Deflagrada nesta terça-feira (19), a operação mira um grupo formado, na maioria, por militares das Forças Especiais (FE), os chamados “kids pretos”. Eles visavam um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022, incluindo os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes.
O planejamento operacional da organização era denominado “Punhal Verde e Amarelo”. As mortes deveriam ocorrer em 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A PF também informou que Moraes era monitorado continuamente.
A organização previa ainda a instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para lidar com as consequências das ações.
São os alvos:
- Hélio Ferreira Lima, integrante dos “kids pretos”, grupo treinado para atuar em missões sigilosas e em ambientes hostis, politicamente sensíveis;
- Mario Fernandes, general da reserva e ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro (PL), também integrante dos “kids pretos”;
- Rafael Martins de Oliveira, integrante dos “kids pretos”;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrante dos “kids pretos”;
- Wladimir Matos Soares, policial federal.