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    “Não é razoável” que tenha levado quase 1h30 para que conta de Janja fosse bloqueada, diz Paulo Pimenta

    Polícia Federal (PF) investiga invasão ao perfil da primeira-dama no "X" (antigo Twitter); Advocacia-Geral da União (AGU) notificou a plataforma

    Lucas Schroederda CNN , São Paulo

    O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse nesta quarta-feira (13) que “não é razoável” que o “X” (antigo Twitter) tenha levado quase 1h30 para bloquear a conta da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, após seu perfil ter sido invadido na noite de segunda-feira (11).

    “Não é razoável que tenha levado quase 1h30 para que a conta dela tenha sido congelada. Se você tentar fazer uma transação bancária estranha, o banco acusa e te avisa. Se alguém entrar na tua conta do Facebook de um IP que normalmente não é utilizado, na hora ele avisa e bloqueia. Essas plataformas têm todas essas ferramentas hoje”, declarou o ministro durante o programa “Bom Dia, Ministro”, do governo federal.

    De acordo com Pimenta, os países e a sociedade não podem ficar subordinados ao modelo de negócio adotado pelas plataformas de mídias sociais. Durante o ataque hacker, publicações com ofensas, xingamentos e conteúdo pornográficos foram publicados na conta de Janja.

    A Advocacia-Geral da União (AGU) notificou o “X” a respeito da invasão do perfil da primeira-dama, cobrando a preservação de todos os registros e elementos digitais relativos à conta. Na terça-feira (12), a Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para investigar o caso.

    “Tem muita gente que mesmo com perfis verificados se aproveitando de situações como essa para compartilhar mentiras, preconceitos, desinformação, porque tudo aquilo que é uma atitude criminosa fora das redes é uma atitude criminosa nas redes”, acrescentou o ministro.

    Para Pimenta, o episódio deve levar a um debate sobre a necessidade de criação de mecanismos de proteção.

    “Encontrar o ponto de equilíbrio entre liberdade de expressão e proteção de direitos fundamentais das pessoas é um desafio que está colocado para a nossa geração e episódio como esse só reforçam e dão visibilidade para a importância de a gente tomar uma medida que ofereça uma resposta concreta para que esse tipo de situação não se repita”, concluiu o ministro.

    A CNN tenta contato com o “X” para comentar o caso.

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