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    “Não adianta amaciar discurso e nem posar de vítima”, diz Gleisi após ato de Bolsonaro na Paulista

    Ex-presidente da República não citou o STF, o ministro Alexandre de Moraes ou a Polícia Federal durante sua fala

    Douglas Portoda CNN , São Paulo

    A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou que não adianta Jair Bolsonaro (PL) “amaciar discurso e nem posar de vítima”, pois o “Brasil e o mundo conhecem o prontuário antidemocrático, ditatorial e fascista” dele.

    A declaração foi uma resposta ao tom adotado pelo ex-presidente no ato ocorrido na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25).

    “Continua sendo e sempre será uma ameaça à democracia, ao Estado de Direito e à paz. O que Bolsonaro fez foi terceirizar para Malafaia os ataques que sempre fez à Justiça, às instituições e à verdade”, disse Gleisi pelas redes sociais.

    Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que espera um novo momento no país. “O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de continuarmos em paz. Não continuarmos sobressaltados”, afirmou.

    Sem citar o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes ou a Polícia Federal, o ex-presidente também lamentou o que classificou como “abusos por parte de alguns”.

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    Para Gleisi, “o discurso de Bolsonaro foi típico de um farsante, do começo ao fim”.

    “Devia ter apresentado à Polícia Federal sua versão fabulosa sobre o decreto de golpe. Seria confrontado com as provas da conspiração, que previa tropas na rua e prisão de ministros e adversários”, prosseguiu.

    A presidente do PT ainda atacou uma declaração de Bolsonaro, que pediu em seu discurso apoio para um projeto de anistia para os presos pelos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes.

    Na opinião de Gleisi, ao fazer este pedido, Bolsonaro “está mirando sua própria impunidade”.

    “É incapaz de defender interesses que não sejam os dele. Com golpista não tem que ter complacência, a começar pelo chefe de todos eles”, finalizou a líder do PT.

    O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foi na mesma linha e criticou a declaração do ex-presidente sobre anistia.

    “Quem pede anistia é que já sabe que será condenado”, escreveu Teixeira no X (antigo Twitter).

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